sexta-feira, 15 de outubro de 2010
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
VOCÊ SABE QUE ESTÁ FICANDO LOUCO NO SÉCULO XXI QUANDO I:
1. Quando a gente leva um aparelho eletrônico para a manutenção e o técnico pergunta:
- Ta com defeito?
- Não, é que ele estava cansado de ficar em casa e eu o trouxe para passear.
2. Quando está chovendo e percebem que você vai encarar a chuva, perguntam:
- Vai sair nessa chuva?
- Não, vou sair na próxima.
3. Quando você acaba de levantar, aí vem um idiota (sempre) e pergunta:
- Acordou?
- Não. Sou sonâmbulo!
4. Seu amigo liga para sua casa e pergunta:
- Onde você está?
- No Pólo Norte! Um furacão levou a minha casa pra lá!
5. Você acaba de tomar banho e alguém pergunta:
- Você tomou banho?
- Não, mergulhei no vaso sanitário!
6. Você tá na frente do elevador da garagem do seu prédio e chega um que pergunta:
- Vai subir?
- Não, não, tô esperando meu apartamento descer pra me pegar.
7. O homem chega à casa da namorada com um enorme buquê de flores. Até que ela diz:
- Flores?
- Não! São cenouras.
8. Você está no banheiro quando alguém bate na porta e pergunta:
- Tem gente?
- Não! É o cocô que está falando!
9. Você chega ao banco com um cheque e pede pra trocar:
- Em dinheiro? ?
- Não, me dá tudo em clipes!
VOCÊ SABE QUE ESTÁ FICANDO LOUCO NO SÉCULO XXI QUANDO II:
1. Você envia e-mail ou MSN para conversar com a pessoa que
trabalha na mesa ao lado da sua;
2. Você usa o celular na garagem de casa para pedir a alguém que
o ajude a desembarcar as compras;
3. Esquecendo seu celular em casa (coisa que você não tinha há 10
anos), você fica apavorado e volta para buscá-lo;
4. Você levanta pela manhã e quase que liga o computador antes de
tomar o café;
5. Você conhece o significado de naum, tbm, qdo, xau, msm, dps,
Cc, Cco,...;
6. Você não sabe o preço de um envelope comum;
7. A maioria das piadas que você conhece, você recebeu por e-mail
(e ainda por cima ri sozinho...);
8. Você fala o nome da firma onde trabalha quando atende ao
telefone em sua própria casa (ou até mesmo o celular !!);
Você digita o '0' para telefonar de sua casa;
10. Você vai ao trabalho quando o dia ainda está clareando e
volta para casa quando já escureceu de novo;
11. Quando seu computador para de funcionar, parece que foi seu
coração que parou;
11. Você está lendo esta lista e está concordando com a cabeça e sorrindo;
12. Você está concordando tão interessado na leitura que nem
reparou que a lista não tem o número 9;
13. Você retornou à lista para verificar se é verdade que falta o
número 9 e nem viu que tem dois números 11;
14. E AGORA VOCÊ ESTÁ RINDO CONSIGO MESMO;
15. Você já está pensando para quem você vai enviar esta mensagem;
16. Provavelmente agora você vai clicar no botão ''Encaminhar''... É a vida...fazer o quê... foi o que eu fiz ambém...
Feliz modernidade !!!
Tudo de bom pra todos, e não deixe de evoluir sempre.
Claro acompanhando a modernidade.
rsrsrsrsrsrs
1. Quando a gente leva um aparelho eletrônico para a manutenção e o técnico pergunta:
- Ta com defeito?
- Não, é que ele estava cansado de ficar em casa e eu o trouxe para passear.
2. Quando está chovendo e percebem que você vai encarar a chuva, perguntam:
- Vai sair nessa chuva?
- Não, vou sair na próxima.
3. Quando você acaba de levantar, aí vem um idiota (sempre) e pergunta:
- Acordou?
- Não. Sou sonâmbulo!
4. Seu amigo liga para sua casa e pergunta:
- Onde você está?
- No Pólo Norte! Um furacão levou a minha casa pra lá!
5. Você acaba de tomar banho e alguém pergunta:
- Você tomou banho?
- Não, mergulhei no vaso sanitário!
6. Você tá na frente do elevador da garagem do seu prédio e chega um que pergunta:
- Vai subir?
- Não, não, tô esperando meu apartamento descer pra me pegar.
7. O homem chega à casa da namorada com um enorme buquê de flores. Até que ela diz:
- Flores?
- Não! São cenouras.
8. Você está no banheiro quando alguém bate na porta e pergunta:
- Tem gente?
- Não! É o cocô que está falando!
9. Você chega ao banco com um cheque e pede pra trocar:
- Em dinheiro? ?
- Não, me dá tudo em clipes!
VOCÊ SABE QUE ESTÁ FICANDO LOUCO NO SÉCULO XXI QUANDO II:
1. Você envia e-mail ou MSN para conversar com a pessoa que
trabalha na mesa ao lado da sua;
2. Você usa o celular na garagem de casa para pedir a alguém que
o ajude a desembarcar as compras;
3. Esquecendo seu celular em casa (coisa que você não tinha há 10
anos), você fica apavorado e volta para buscá-lo;
4. Você levanta pela manhã e quase que liga o computador antes de
tomar o café;
5. Você conhece o significado de naum, tbm, qdo, xau, msm, dps,
Cc, Cco,...;
6. Você não sabe o preço de um envelope comum;
7. A maioria das piadas que você conhece, você recebeu por e-mail
(e ainda por cima ri sozinho...);
8. Você fala o nome da firma onde trabalha quando atende ao
telefone em sua própria casa (ou até mesmo o celular !!);
Você digita o '0' para telefonar de sua casa;
10. Você vai ao trabalho quando o dia ainda está clareando e
volta para casa quando já escureceu de novo;
11. Quando seu computador para de funcionar, parece que foi seu
coração que parou;
11. Você está lendo esta lista e está concordando com a cabeça e sorrindo;
12. Você está concordando tão interessado na leitura que nem
reparou que a lista não tem o número 9;
13. Você retornou à lista para verificar se é verdade que falta o
número 9 e nem viu que tem dois números 11;
14. E AGORA VOCÊ ESTÁ RINDO CONSIGO MESMO;
15. Você já está pensando para quem você vai enviar esta mensagem;
16. Provavelmente agora você vai clicar no botão ''Encaminhar''... É a vida...fazer o quê... foi o que eu fiz ambém...
Feliz modernidade !!!
Tudo de bom pra todos, e não deixe de evoluir sempre.
Claro acompanhando a modernidade.
rsrsrsrsrsrs
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Senhor, fazei com que eu aceite minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter e se perdeu por caminhos errados e nunca mais voltou.
Daí, Senhor, que minha humildade seja como a chuva desejada caindo mansa, longa noite escura, numa terra sedenta e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós, minha cama estreita, minhas coisinhas pobres, minha casa de chão, pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha debaixo do meu fogão de taipa, e acender, eu mesma, o fogo alegre da minha casa na manhã de um novo dia que começa.
Cora Coralina
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Uma história de Natal!
Foi um incidente "de cabeça para baixo" que ficou flutuando em minha memória quando comecei a escrever esta história. A lembrança era de uma noite de Natal. Foi um encontro perfeitamente natural, nada de milagroso.
E foi um encontro bom, que fez a missa de Natal um pouco mais jubilosa e as meditações que se seguiram um pouco mais profundas.
Quando já estava saindo e, tinha me virado, depois de trancar a porta, fui confrontada com um negro muito bonito, de meia idade e uma mulher pequena e mais jovem. Evidentemente, era sua esposa e ela segurava uma criança em seus braços. Não podia ver o rosto do bebê. Estava tão embrulhado contra o vento, úmido e forte, que soprava em Nova York.
Educadamente, o homem levantou seu chapéu e, com o doce sotaque do sul, disse-me que ele e sua esposa estavam perdidos na cidade. Tinham acabado de sair do trem. Ele era carpinteiro, esperando encontrar um emprego melhor do que o da pequena vila de onde vieram. Mas, com uma coisa e outra, tinham-se perdido. Não tinham dinheiro, quer dizer, não o suficiente para um pernoite. Talvez eu pudesse dizer-lhes onde ir, o que fazer e a quem poderiam pedir ajuda.
Dito isto ficou aliviado, educada e silenciosamente, esperando por minha resposta. Sua esposa, que não havia dito uma palavra, somente sorriu uma ou duas vezes para mim. Ela estava tão confiante e tranqüila quanto ele, certos de que eu era a pessoa certa para ajudá-los.
Diante de minha visão apareceu um telefone. Quase voltei e abri a porta para contatar alguma agência social que pudessem atendê-los em suas necessidades. Então olhei para o meu relógio. Eram quase onze horas e véspera de Natal! Quem poderia encontrar a esta hora? E onde? E se encontrassem, esta pobre família teria que encontrar caminhos estranhos. Poderia, naturalmente, mandá-los de táxi. Tinha um dinheiro extra em minha bolsa, milagre dos milagres. Mas o abrigo de famílias de Nova York separava as famílias, as vezes, por falta de lugar.
Falta de lugar! Noite de Natal! Homem, mulher, criança! tudo de repente ficou claro para mim. Naturalmente, sabia que era só uma coincidência. Bom, de certa forma. Mas, tantas pessoas vinham na Casa da Amizade para este tipo de ajuda ou informação. Não, não era hora de mandar tal família para lugar algum. Era hora de oferecer-lhes hospitalidade pessoal, mesmo que por nenhuma outra razão que expiar a hospitalidade que não foi dada há quase dois mil anos atrás.
Naturalmente! Porque não havia pensado nisto antes! Havia o que o pessoal da Casa da Amizade chamava de "Eremitério", quer dizer, meu quarto. Era tantas coisas em uma. Tinha uma escrivaninha, uma cama, um fogão completo, com forno, uma espécie de geladeira, doada pela administração; às vezes até funcionava. O quarto tinha uma pia e uma lavanderia, uma banheira completa. Sim, era um lugar aconchegante, especialmente à noite. Ganhei uma árvore de Natal enfeitada, de mais ou menos 10 centímetros. Estava longe dos pinheiros imponentes, nativos da Rússia, tão dignos em sua beleza majestosa.
Ainda assim, a pequena árvore era bonita, muito bonita. Coloquei em baixo dela uma miniatura de manjedoura. Quando voltasse da missa, pretendia colocar o Menino lá. Sim, o quarto era limpinho e muito, muito aconchegante. Porque não convidar o casal para passar a noite lá? Amanhã poderia contatar as agências.
Pensamento mais rápido não poderia ter ocorrido. Meu casal estranho estava ainda em silêncio, cortesmente, esperando por minha resposta que certamente parecia demorar. Mas não mostravam sinais de impaciência.
Devagar, e por alguma razão inexplicável, timidamente, convidei-os para entrar no eremitério, pedindo desculpas pela simplicidade do lugar. A mulher endireitou-se e parecia mais alta quando apertava a criança mais perto de si. O homem agradeceu e começaram a me seguir.
Andamos os três longos blocos que separam a porta de meu quarto. Ninguém disse uma palavra. Ainda assim, o silêncio era companheiro.
Uma vez no quarto, os deixei o mais confortável possível. O bebê, finalmente fora de seus embrulhos, era amável. Não o ouvi chorar. O homem disse que era um menino, o primogênito. Fiz café, fritei alguns ovos, arrumei a mesa e então disse a eles que viria vê-los depois da missa.
Foi uma das missas mais bonitas de que já participei. O pensamento dos meus três peregrinos, abrigados no quarto aconchegante, provavelmente, ajudou. Hospitalidade pessoal a estranhos, para Cristo, aquece quem a dá tanto quanto uma bênção propriamente dita.
Terminada a missa, voltei logo para meu quarto. Para meu espanto, encontrei a porta da frente aberta! Isto nunca acontece no Harlem, onde usamos várias trancas, por segurança. Empurrei a porta aberta. A sala estava vazia.
As louças haviam sido lavadas e colocadas em seus devidos lugares. Nenhum sinal de ocupação. O Menino que pretendia colocar na pequena manjedoura, embaixo da árvore, já estava lá e uma vela estava acesa na minha janela!
Catherine de Hueck Doherty
Dia Internacional da Mulher - Madre Teresa de Calcutá
26 de agosto
Dia Internacional da Igualdade Feminina
O Brasil nunca teve uma lei específica que assegurasse à mulher as garantias contra os abusos cometidos em função de sua condição feminina. As diversas Constituições brasileiras revelam o crescimento pelo respeito às mulheres, na medida em que estas foram se fazendo presentes, de forma cada vez mais marcante na sociedade, até atingir o nível atual de igualdade de direitos e deveres legais entre homens e mulheres.
Desde a Independência, em 1822, o país consolidou sete Constituições, entre 1824 e 1988. A primeira, de 1824, é omissa quanto à mulher. Nela prevalecia a vontade masculina; os direitos sociais estavam voltados, exclusivamente, para o homem. A mulher não tinha direito ao voto, muito menos a se candidatar a um cargo público ou a um mandato eletivo, por exemplo. Não possuía direito trabalhista específico, nem proteção a sua condição feminina. Entretanto, com a Constituição Federal de 1988, consolidou-se a igualdade entre os sexos, a proibição de distinções de qualquer natureza, dentre outras vantagens para as mulheres. Como principais avanços relacionados diretamente à mulher, destaca-se o inciso I do art. 5o, que consagrou o sonho de igualdade de direitos e deveres de todas as pessoas, independentemente de cor, raça, sexo etc.: "I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição".
É com base nessa Carta Maior que estão apoiadas todas as leis vigentes no Brasil, sobretudo a lei n? 10.872, de 10/9/2001, publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo, em 11/9/2001, estabelece medidas que asseguram a igualdade feminina, vedando sua discriminação e dando providências sobre seu não-cumprimento.
Desde a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, adotada pela resolução no 34/180, assinada pela Assembléia Geral da ONU, em 18/12/1979, o movimento feminista internacional deu visibilidade à violência praticada contra a mulher ao longo dos anos e a tornou pública para todo o mundo na Conferência Mundial dos Direitos Humanos, em Viena, em 1993, quando a ONU declarou que "os direitos das mulheres são direitos humanos" e que "a violência contra a mulher constitui um obstáculo ao desenvolvimento e um atentado aos direitos humanos".
Dessa maneira, e ainda mais pressionados pelos movimentos feministas internacionais, os países passaram a nomear, viabilizar, denunciar e propor políticas para a eliminação da violência contra a mulher.
No Brasil, desde meados da década de 1980, foram criados: delegacias especiais de atendimento à mulher, centros de saúde para dar atenção a mulheres vítimas de violência física e abrigos destinados a mulheres que sofrem violência doméstica. A manutenção desses serviços, porém, exige um esforço permanente do movimento de mulheres junto ao Estado e à sociedade internacional, visto que as sociedades machistas resistem aos novos valores.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
domingo, 22 de agosto de 2010
Família, pessoas que se unem para juntas construir felicidade, amor e perdão.
Família é festa, dança, joelho machucado, risos e oração. É aprender equilibrar-se na bicicleta, com o pai, a mãe ou os irmãos. É choro a qualquer hora, é birra, é sermão, é o meio da noite acordar todo mundo ou fugir para o quarto com medo do bicho-papão.
É ouvir belas histórias e aprender a olhar estrelas. É fazer a maior confusão com os bichinhos de estimação. É aprender a ir pra escola e fazer a lição. É brigar por qualquer razão e fazer as pazes depois com um sorriso tímido ou um pedido de perdão.
Família é aprendizado constante, é paz no coração. É aprender muito com o pai, a mãe ou com os irmãos. É tomar banho de chuva e entrar em casa todo molhado sem dar explicação.
É pedir a bênção em qualquer hora e ter a certeza de que não estamos sozinhos, não. É aprender que Deus cuida da gente e nos ama de montão.
É ouvir juntos os pingos de chuva no telhado e ficar quietinha em casa curtindo o instante. É aprender a rezar o Pai-Nosso e a Ave-Maria.
É comemorar cada novo acontecimento, cada conquista da mãe, do pai, do irmão, da irmã.
É ter as preocupações, mas com matizes diferentes. É aprender que cada um tem seu jeito de ser e viver uma mesma situação.
É aprender solidariedade e participação.
É dividir a casa, o quarto, a televisão e o coração.
Ser família é ter colinho, amor de irmão.
É ter a quem dar a mão.
Maria Goretti de Oliveira
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
A Rotina...ah! a rotina
A rotina é uma das companheiras mais constantes de nossa caminhada: com ela convivemos e dela nos alimentamos.
Rotina é a ladainha das palavras repetidas, dos gestos refeitos, dos caminhos repercorridos, das tarefas reexecutadas, das canções recantadas, das páginas relidas...
Incansavelmente, vamos ao poço de Jacó: descemos o balde, puxamos o balde, voltamos para casa, retornamos ao poço e regressamos para casa...
Quantas vezes por dia, quantos dias por ano? Grande número de mulheres nordestinas poderia dizer-nos o quanto cansam essas idas e voltas em busca de água...
Mas é só substituirmos o poço de Jacó por nosso emprego, por nossas tarefas e compromissos repetitivos, que, também nós, logo acabaremos deparando com a bem conhecida rotina.
Sentimo-nos eternos samaritanos e samaritanas, ficamos com a impressão de girar no vazio e mergulhamos em depressão ao pensar que amanhã será a mesma coisa...
Poderia, porém, não ser a mesma coisa se nós, ainda que na mais chata rotina da vida, tivéssemos a capacidade de detectar a presença de Alguém querendo se manifestar em nós, tentando conversar conosco, caminhar conosco, viver, trabalhar, sofrer e amar conosco...
Bom é aprendermos a decifrar os símbolos, a valorizar os lugares onde pisamos, a ler os acontecimentos e os sinais dos tempos, a prestar atenção às pessoas que convivem conosco ou que encontramos por acaso.
Qualquer lugar poderia ser para nós o poço de Jacó, quaisquer pessoas ou acontecimentos poderiam trazer-nos à presença de Jesus.
De modo que ele nos revele as verdades que precisamos saber e deixemos de andar na vida sem eira nem beira...
Por isso, bom-dia a todas as rotinas do mundo, que, apesar de sua chatice sem fim, podem nos proporcionar o encontro com o Deus da novidade e da vida!
Virgílio Ciaccio
Inspirado em Jo 4,5-42
Rotina é a ladainha das palavras repetidas, dos gestos refeitos, dos caminhos repercorridos, das tarefas reexecutadas, das canções recantadas, das páginas relidas...
Incansavelmente, vamos ao poço de Jacó: descemos o balde, puxamos o balde, voltamos para casa, retornamos ao poço e regressamos para casa...
Quantas vezes por dia, quantos dias por ano? Grande número de mulheres nordestinas poderia dizer-nos o quanto cansam essas idas e voltas em busca de água...
Mas é só substituirmos o poço de Jacó por nosso emprego, por nossas tarefas e compromissos repetitivos, que, também nós, logo acabaremos deparando com a bem conhecida rotina.
Sentimo-nos eternos samaritanos e samaritanas, ficamos com a impressão de girar no vazio e mergulhamos em depressão ao pensar que amanhã será a mesma coisa...
Poderia, porém, não ser a mesma coisa se nós, ainda que na mais chata rotina da vida, tivéssemos a capacidade de detectar a presença de Alguém querendo se manifestar em nós, tentando conversar conosco, caminhar conosco, viver, trabalhar, sofrer e amar conosco...
Bom é aprendermos a decifrar os símbolos, a valorizar os lugares onde pisamos, a ler os acontecimentos e os sinais dos tempos, a prestar atenção às pessoas que convivem conosco ou que encontramos por acaso.
Qualquer lugar poderia ser para nós o poço de Jacó, quaisquer pessoas ou acontecimentos poderiam trazer-nos à presença de Jesus.
De modo que ele nos revele as verdades que precisamos saber e deixemos de andar na vida sem eira nem beira...
Por isso, bom-dia a todas as rotinas do mundo, que, apesar de sua chatice sem fim, podem nos proporcionar o encontro com o Deus da novidade e da vida!
Virgílio Ciaccio
Inspirado em Jo 4,5-42
domingo, 8 de agosto de 2010
Dia dos Pais - 2010
Venha, pai, venha sonhar comigo.
E, no carrossel da vida,
venha ser o meu herói.
Venha, pai, seja meu, fica comigo;
super-homem ou palhaço,
venha ser o meu amigo.
Venha ser do mundo o pedaço,
onde eu posso ser feliz.
Venha, pai, fique aqui, vamos dar boas risadas.
No meu mundo não há guerras,
violência, nem mentiras, e as manchetes de jornal dizem coisas coloridas.
Venha, pai, no meu mundo existe hoje,
o amanhã virá sorrindo,
um presente de meu Deus.
Venha pai, me dê de sua vida um pouco
não esqueça que ando louco,
louco pelo meu amor.
Venha, pai, me deixe ser seu amigo,
me deixe ir mais além, que um dia no meu colo
você vai deitar também.
Nairzinha
E, no carrossel da vida,
venha ser o meu herói.
Venha, pai, seja meu, fica comigo;
super-homem ou palhaço,
venha ser o meu amigo.
Venha ser do mundo o pedaço,
onde eu posso ser feliz.
Venha, pai, fique aqui, vamos dar boas risadas.
No meu mundo não há guerras,
violência, nem mentiras, e as manchetes de jornal dizem coisas coloridas.
Venha, pai, no meu mundo existe hoje,
o amanhã virá sorrindo,
um presente de meu Deus.
Venha pai, me dê de sua vida um pouco
não esqueça que ando louco,
louco pelo meu amor.
Venha, pai, me deixe ser seu amigo,
me deixe ir mais além, que um dia no meu colo
você vai deitar também.
Nairzinha
domingo, 16 de maio de 2010
domingo, 9 de maio de 2010
DIA DAS MÃES -- Em 2010
Ela é bonita.
Não, ela é mais do que bonita.
Ela é a própria vida em seu mais terno romper da aurora.
Vocês não a conhecem.
Nunca viram nem um único de seus retratos, mas a evidência ali está, a evidência de sua beleza, a luz sobre seus ombros quando se inclina sobre o berço, quando vai ouvir o suspiro do pequeno Francisco de Assis, que ainda não se chama Francisco, que é apenas um pouco de carne rósea e enrugada, um pequeno homem mais desprevenido do que um gatinho ou uma arvorezinha.
Ela é bonita em razão desse amor do qual ela se despoja para vestir a nudez da criança.
Ela é bonita em virtude desse cansaço que ela vence cada vez que vai ao quarto da criança.
Todas as mães têm essa beleza.
Todas têm essa justiça, essa verdade, essa santidade.
Todas têm essa graça que causa ciúme ao próprio Deus - o solitário em sua árvore da eternidade.
Sim, vocês não podem imaginá-lo de outro modo, a não ser revestido com essa roupa de amor.
A beleza das mães ultrapassa infinitamente a glória da natureza.
Uma beleza inimaginável, a única que vocês podem imaginar para essa mulher atenta aos movimentos da criança.
O Cristo nunca fala em beleza.
Ele apenas convive com ela, em seu verdadeiro nome: AMOR.
A beleza vem do amor como o dia vem do Sol, como o Sol vem de Deus, como Deus vem de uma mulher esgotada por seu parto.
Os pais vão à guerra, vão aos escritórios, assinam contratos.
Os pais têm a sociedade como encargo.
É seu negócio, seu grande negócio.
Um pai é qualquer um que representa apenas ele mesmo diante de sua criança, e que crê naquilo que representa: a lei, a razão, a experiência.
A sociedade.
Uma mãe nada representa diante de seu filho.
Ela não está diante dele, mas em volta, dentro dele, em todo o lugar.
Ela segura a criança levantada na extremidade de seus braços e apresenta-a à vida eterna.
As mães têm Deus por encargo.
É sua paixão, sua única ocupação, sua perda e sua consagração, por assim dizer.
Ser pai é desempenhar o papel de pai.
Ser mãe é um mistério absoluto, um mistério que não se compõe com nada, um absoluto relativo a nada, uma tarefa inpossível e, portanto, preenchida - mesmo pelas más mães.
Mesmo as más mães estão nessa proximidade do absoluto, nessa familiaridade com Deus que os pais nunca conhecerão, extraviados como estão pelo desejo de bem preencher seu lugar, de bem manter sua condição.
As mães não têm condição, não tem lugar.
Elas nascem ao mesmo tempo que suas crianças.
Elas não têm, como os pais uma vantagem sobre o filho - a vantagem de um experiência, de uma comédia representada muitas vezes na sociedade.
As mães crescem na vida ao mesmo tempo que seus filhos, e, como a criança é, desde seu nascimento, semelhante a Deus, as mães estão de repente no santo dos santos, plenas de tudo, ignorantes de tudo e que as preenche.
E, se toda beleza pura procede do amor, de onde vem o amor, de qual matéria é feita sua matéria, de qual natureza é sua natureza?
A beleza vem do amor.
O amor vem da atenção.
A atenção simples para os simples, atenção humilde para os humildes, atenção viva para todas as vidas.
Os homens sustentam o mundo.
As mães sustentam o eterno, que sutenta o mundo.
Christian Bobin
sábado, 8 de maio de 2010
Filho Preferido
Certa vez perguntaram a uma mãe qual era seu filho preferido, aquele que ela mais amava.
Ela, deixando entrever um sorriso, respondeu:
"Nada é mais volúvel que um coração de mãe. E, como mãe, respondo-lhe:
o filho preferido, aquele a quem me dedico de corpo e alma,
é o meu filho doente, até que sare.
O que partiu, até que volte.
O que está cansado, até que descanse.
O que está com fome, até que se alimente.
O que está com sede, até que beba.
O que está estudando, até que aprenda.
O que está nu, até que se vista.
O que não trabalha, até que se empregue.
O que namora, até que se case.
O que casa, até que conviva.
O que é pai, até que crie.
O que prometeu, até que cumpra.
O que deve, até que pague.
O que chora, até que se cale".
E, já com o semblante bem distante daquele sorriso, completou:
"O que já me deixou, até que o reencontre".
Autor desconhecido
Ela, deixando entrever um sorriso, respondeu:
"Nada é mais volúvel que um coração de mãe. E, como mãe, respondo-lhe:
o filho preferido, aquele a quem me dedico de corpo e alma,
é o meu filho doente, até que sare.
O que partiu, até que volte.
O que está cansado, até que descanse.
O que está com fome, até que se alimente.
O que está com sede, até que beba.
O que está estudando, até que aprenda.
O que está nu, até que se vista.
O que não trabalha, até que se empregue.
O que namora, até que se case.
O que casa, até que conviva.
O que é pai, até que crie.
O que prometeu, até que cumpra.
O que deve, até que pague.
O que chora, até que se cale".
E, já com o semblante bem distante daquele sorriso, completou:
"O que já me deixou, até que o reencontre".
Autor desconhecido
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Gotas de Esperança - Lynne Gerard
A sensação de estar só... passa, assim como o inverno dá lugar à primavera.
Você encontrará seu caminho para a felicidade, assim como uma planta encontra seu caminho em direção ao sol, crescendo, mudando e avançando.
No dia em que você nasceu, em algum lugar, uma planta floriu, o sol brilhou ainda mais forte, e enquanto o vento se movia pelo oceano, ele sussurrou seu nome…
Você é uma pessoa especial e o mundo é melhor porque você existe.
Sempre que sentir o cheiro da chuva, ouvir o canto dos pássaros, ou ver uma borboleta ao sol saiba que alguém pensa em você e lhe deseja muita paz.
Quando nuvens de tempestade escurecerem seu mundo, lembre-se que a amizade lhe oferece um abrigo seguro onde você nunca está só…
Lá, encontrará bem-estar, apoio e compreensão.
Os dias frios cinzas não duram para sempre…
Os pássaros sabem disso, e é por isso que eles cantam.
Não desista, não admita sentimentos de fracasso; dúvidas vão e vêm, assim como as estações do ano…
Quando tudo o que é bom parece perdido, lembre-se que a vida é um círculo, e a esperança mora no horizonte.
Se você sente o calor do sol em seu rosto, o cheiro da terra, o canto do pardal, então saiba que você é parte da natureza, com a sua própria singularidade, beleza e razão de ser.
A vida não é sempre radiante, mas se o sol pode brilhar depois da pior tempestade, nós também podemos.
Não importa quão frio o vento, quão escuro o dia; há calor dentro de um coração repleto de amor e compreensão.
A natureza nos oferece o calor do sol, o perfume das flores e o canto dos pássaros para nos fazer lembrar que não importa quão difícil a vida são;
haverá sempre momentos de bondade, paz e oportunidade de crescimento.
Alguns dias são melhores, outros, é melhor esquecer;
mas, assim que o anoitecer marcar o final do dia, pense nas coisas boas da vida, coisas inocentes e verdadeiras, e adormeça sonhando com a esperança que traz o amanhã.
Quando o vento frio soprar desânimo em seu coração e o mundo parecer rancoroso, seja paciente e perseverante, para que sempre voltem os momentos de bondade e amor.
Busque o vento para o seu sonho, depois deixe seu coração voar livremente…
Com coragem, fé e firmeza, dê tudo de si. Cada dia que amanhece traz esperança e oportunidade de fazer os sonhos se tornarem realidade.
Existe mágica na passagem do dia para a noite…
Assim como as cores que se desfazem no crepúsculo, trazendo esperança para um amanhã radiante.
Você tem dentro de si mesmo energia para vencer…
Pode transformar um obstáculo em um degrau que o leve um passo adiante na realização de seu sonho.
Se nós possuímos a habilidade de sonhar, o potencial de realizar sonhos também é nosso.
Estabeleça um objetivo e mantenha-se em sua trilha;
não deixe que os infortúnios da vida o desviem de seu caminho…
persistência, assiduidade e trabalho árduo nunca ficam sem recompensa, e os sonhos realmente tornam-se realidade.
Para envelhecer bem, devemos continuar a sonhar, pois é a busca de sonhos que nos mantém jovens de coração.
Reflita na vida sempre que possível; reserve tempo para recordar, e faça tempo para sonhar…
Encontre seu próprio caminho; vá com confiança e…
Surpresas boas virão.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
OFICIALMENTE VELHO
Excelente texto de Leonardo Boff para profunda meditação sobre o tema.
Neste mês de dezembro, completo 70 anos. Pelas condições brasileiras, me torno oficialmente velho. Isso não significa que estou próximo da morte, porque esta pode ocorrer já no primeiro momento da vida. Mas é uma outra etapa da vida, a derradeira. Esta possui uma dimensão biológica, pois, irrefreavelmente, o capital vital se esgota, nos debilitamos, perdemos o vigor dos sentidos e nos despedimos lentamente de todas as coisas. De fato, ficamos mais esquecidos, quem sabe, impacientes e sensíveis a gestos de bondade que nos levam facilmente às lágrimas,
Mas há um outro lado, mais instigante.
A velhice é a última etapa do crescimento humano. Nós nascemos inteiros. Mas nunca estamos prontos. Temos que completar nosso nascimento ao construir a existência, ao abrir caminhos, ao superar dificuldades e ao moldar o nosso destino. Estamos sempre em gênese. Começamos a nascer, vamos nascendo em prestações ao longo da vida até acabar de nascer. Então, entramos no silêncio. E morremos.
A velhice é a última chance que a vida nos oferece para acabar de crescer, madurar e, finalmente, terminar de nascer.
Neste contexto, é iluminadora a palavra de São Paulo:
“Na medida em que definha o homem exterior, nesta mesma medida rejuvenesce o homem interior”(2Cor 4,16”.
A velhice é uma exigência do homem interior. Que é o homem interior? É o nosso eu profundo, o nosso modo singular de ser e de agir, a nossa marca registrada, a nossa identidade mais radical. Essa identidade devemos encará-la face a face.
Ela é pessoalíssima e se esconde atrás de muitas máscaras que a vida nos impõe. Pois a vida é um teatro no qual desempenhamos muitos papéis. Eu, por exemplo, fui franciscano, padre, agora leigo, teólogo, filósofo, professor, conferencista, escritor, editor, redator de algumas revistas, inquirido pelas autoridades doutrinais do Vaticano, submetido ao “silêncio obsequioso” e outros papéis mais.
Mas há um momento em que tudo isso é relativizado e vira pura palha. Então, deixamos o palco, tiramos as máscaras e nos perguntamos: afinal, quem sou eu? Que sonhos me movem? Que anjos me habitam? Que demônios me atormentam? Qual é o meu lugar no desígnio do Mistério? À medida que tentamos, com temor e tremor, responder a essas indagações, vem a lume o homem interior. A resposta nunca é conclusiva; perde-se para dentro do inefável.
Este é o desafio para a etapa da velhice. Então, nos damos conta de que precisaríamos muitos anos de velhice para encontrar a palavra essencial que nos defina. Surpresos, descobrimos que não vivemos porque simplesmente não morremos, mas vivemos para pensar, meditar, rasgar novos horizontes e criar sentidos de vida. Especialmente para tentar fazer uma síntese final, integrando as sombras, realimentando os sonhos que nos sustentaram por toda uma vida, reconciliando-nos com os fracassos e buscando sabedoria. É ilusão pensar que esta vem com a velhice. Ela vem do espírito com o qual vivenciamos a velhice como a etapa final do crescimento e de nosso verdadeiro Natal.
Por fim, importa preparar o grande encontro. A vida não é estruturada para terminar na morte, mas para se transfigurar através da morte. Morremos para viver mais e melhor, para mergulhar na eternidade e encontrar a última realidade, feita de amor e de misericórdia. Aí, saberemos, finalmente, quem somos e qual é o nosso verdadeiro nome.
Nutro o mesmo sentimento que o sábio do Antigo Testamento: “Contemplo os dias passados e tenho os olhos voltados para a eternidade”.
Alimento dois sonhos, sonhos de um jovem ancião:
. o primeiro é escrever um livro só para Deus, se possível com o próprio sangue;
. e o segundo, impossível, mas bem expresso por Herzer, menina de rua e poetisa: “Eu só queria nascer de novo, para me ensinar a viver”.
Mas como isso é irrealizável, só me resta aprender na escola de Deus. Parafraseando Camões, completo: mais vivera se não fora, para tão longo ideal, tão curta a vida.
*Teólogo, professor e membro da Comissão da Carta da Terra
:
Neste mês de dezembro, completo 70 anos. Pelas condições brasileiras, me torno oficialmente velho. Isso não significa que estou próximo da morte, porque esta pode ocorrer já no primeiro momento da vida. Mas é uma outra etapa da vida, a derradeira. Esta possui uma dimensão biológica, pois, irrefreavelmente, o capital vital se esgota, nos debilitamos, perdemos o vigor dos sentidos e nos despedimos lentamente de todas as coisas. De fato, ficamos mais esquecidos, quem sabe, impacientes e sensíveis a gestos de bondade que nos levam facilmente às lágrimas,
Mas há um outro lado, mais instigante.
A velhice é a última etapa do crescimento humano. Nós nascemos inteiros. Mas nunca estamos prontos. Temos que completar nosso nascimento ao construir a existência, ao abrir caminhos, ao superar dificuldades e ao moldar o nosso destino. Estamos sempre em gênese. Começamos a nascer, vamos nascendo em prestações ao longo da vida até acabar de nascer. Então, entramos no silêncio. E morremos.
A velhice é a última chance que a vida nos oferece para acabar de crescer, madurar e, finalmente, terminar de nascer.
Neste contexto, é iluminadora a palavra de São Paulo:
“Na medida em que definha o homem exterior, nesta mesma medida rejuvenesce o homem interior”(2Cor 4,16”.
A velhice é uma exigência do homem interior. Que é o homem interior? É o nosso eu profundo, o nosso modo singular de ser e de agir, a nossa marca registrada, a nossa identidade mais radical. Essa identidade devemos encará-la face a face.
Ela é pessoalíssima e se esconde atrás de muitas máscaras que a vida nos impõe. Pois a vida é um teatro no qual desempenhamos muitos papéis. Eu, por exemplo, fui franciscano, padre, agora leigo, teólogo, filósofo, professor, conferencista, escritor, editor, redator de algumas revistas, inquirido pelas autoridades doutrinais do Vaticano, submetido ao “silêncio obsequioso” e outros papéis mais.
Mas há um momento em que tudo isso é relativizado e vira pura palha. Então, deixamos o palco, tiramos as máscaras e nos perguntamos: afinal, quem sou eu? Que sonhos me movem? Que anjos me habitam? Que demônios me atormentam? Qual é o meu lugar no desígnio do Mistério? À medida que tentamos, com temor e tremor, responder a essas indagações, vem a lume o homem interior. A resposta nunca é conclusiva; perde-se para dentro do inefável.
Este é o desafio para a etapa da velhice. Então, nos damos conta de que precisaríamos muitos anos de velhice para encontrar a palavra essencial que nos defina. Surpresos, descobrimos que não vivemos porque simplesmente não morremos, mas vivemos para pensar, meditar, rasgar novos horizontes e criar sentidos de vida. Especialmente para tentar fazer uma síntese final, integrando as sombras, realimentando os sonhos que nos sustentaram por toda uma vida, reconciliando-nos com os fracassos e buscando sabedoria. É ilusão pensar que esta vem com a velhice. Ela vem do espírito com o qual vivenciamos a velhice como a etapa final do crescimento e de nosso verdadeiro Natal.
Por fim, importa preparar o grande encontro. A vida não é estruturada para terminar na morte, mas para se transfigurar através da morte. Morremos para viver mais e melhor, para mergulhar na eternidade e encontrar a última realidade, feita de amor e de misericórdia. Aí, saberemos, finalmente, quem somos e qual é o nosso verdadeiro nome.
Nutro o mesmo sentimento que o sábio do Antigo Testamento: “Contemplo os dias passados e tenho os olhos voltados para a eternidade”.
Alimento dois sonhos, sonhos de um jovem ancião:
. o primeiro é escrever um livro só para Deus, se possível com o próprio sangue;
. e o segundo, impossível, mas bem expresso por Herzer, menina de rua e poetisa: “Eu só queria nascer de novo, para me ensinar a viver”.
Mas como isso é irrealizável, só me resta aprender na escola de Deus. Parafraseando Camões, completo: mais vivera se não fora, para tão longo ideal, tão curta a vida.
*Teólogo, professor e membro da Comissão da Carta da Terra
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terça-feira, 12 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
O SENTIDO DAS COISAS.
Uma antiga fonte, nobre e solitária: não há mais algazarra de meninos, o ir e vir das mulheres,
o burburinho da água; resta um tanque vazio... Uma obra humana que perdeu o sentido da própria origem.
Como um velho castelo, com rachaduras, habitado por heras e arbustos, marcado pelo abandono dos homens e dos reis...
Uma obra humana que perdeu o sentido de sua existência .
O sentido das coisas, uma força secreta, a alma de uma obra, o seu espírito.
Perdê-lo significa perder aquilo que lhe deu origem e sustentava sua vida.
O sentido das coisas é o milagre de uma nascente subterrânea , que faz surgir,
numa paisagem imensa de areia e de céu, uma realidade viva: a surpresa de um oásis.
Porque, como Deus se revela, tornando-se humano, o sentido existe tornando-se matéria.
O sentido toma o corpo, o espírito se faz letra : entrelaçando-se, tornam-se gesto, obra ou texto, num mundo concreto de seres humanos e de coisas.
Mas o corpo e a letra, anifestando o seu sentido, ao mesmo tempo escondem-no...
Não serão, na realidade, os ídolos que encerram o espírito e o seu mistério, podem apenas sugeri-los:
na parábola do que há de vir, amanhã talvez seja uma casa, que não viverá senão por sua própria solidão.
O significado nas coisas é como um relacionamento de hospitalidade: entendimento recíproco que surge discreto e provisório.
Um hóspede não poderá ficar para sempre, mas simplesmente fruir o acolhimento de hoje.
A hospitalidade é, de fato, o prazer de conhecer outras pessoas, de falar de si de outras formas...
E na procura do sentido das coisas, o seu encontro lhe mostrará uma outra dimensão,
porque se uma obra é uma expressão necessária, cujo sentido será seu respirar mais profundo.
Mas, se a obra acreditar-se imortal , esquecerá a intuição que a fez nascer, e que pertence,
como o corpo de um ser humano, à história e à contingência das coisas que mudam.
E a letra de visível se tornará invisível, encorajando a olhar o espírito além das aparências: a sua verdade será a sua própria transparência .
O sentido lhe dirá, portanto, o dinamismo que anima o ser humano e as coisas, acompanhando os seres em direção a seu futuro.
Mas o seu encontro não será fruto de seus olhos; será o resultado da abertura atenta e curiosa do coração.
E a grandeza do coração será chamada abertura do espírito ou tolerância.
Renato Zílio
o burburinho da água; resta um tanque vazio... Uma obra humana que perdeu o sentido da própria origem.
Como um velho castelo, com rachaduras, habitado por heras e arbustos, marcado pelo abandono dos homens e dos reis...
Uma obra humana que perdeu o sentido de sua existência .
O sentido das coisas, uma força secreta, a alma de uma obra, o seu espírito.
Perdê-lo significa perder aquilo que lhe deu origem e sustentava sua vida.
O sentido das coisas é o milagre de uma nascente subterrânea , que faz surgir,
numa paisagem imensa de areia e de céu, uma realidade viva: a surpresa de um oásis.
Porque, como Deus se revela, tornando-se humano, o sentido existe tornando-se matéria.
O sentido toma o corpo, o espírito se faz letra : entrelaçando-se, tornam-se gesto, obra ou texto, num mundo concreto de seres humanos e de coisas.
Mas o corpo e a letra, anifestando o seu sentido, ao mesmo tempo escondem-no...
Não serão, na realidade, os ídolos que encerram o espírito e o seu mistério, podem apenas sugeri-los:
na parábola do que há de vir, amanhã talvez seja uma casa, que não viverá senão por sua própria solidão.
O significado nas coisas é como um relacionamento de hospitalidade: entendimento recíproco que surge discreto e provisório.
Um hóspede não poderá ficar para sempre, mas simplesmente fruir o acolhimento de hoje.
A hospitalidade é, de fato, o prazer de conhecer outras pessoas, de falar de si de outras formas...
E na procura do sentido das coisas, o seu encontro lhe mostrará uma outra dimensão,
porque se uma obra é uma expressão necessária, cujo sentido será seu respirar mais profundo.
Mas, se a obra acreditar-se imortal , esquecerá a intuição que a fez nascer, e que pertence,
como o corpo de um ser humano, à história e à contingência das coisas que mudam.
E a letra de visível se tornará invisível, encorajando a olhar o espírito além das aparências: a sua verdade será a sua própria transparência .
O sentido lhe dirá, portanto, o dinamismo que anima o ser humano e as coisas, acompanhando os seres em direção a seu futuro.
Mas o seu encontro não será fruto de seus olhos; será o resultado da abertura atenta e curiosa do coração.
E a grandeza do coração será chamada abertura do espírito ou tolerância.
Renato Zílio
domingo, 3 de janeiro de 2010
ETERNIDADE - Tributo "In Memorian" a um grande amigo.
O que eu tenho não me pertence, embora faça parte de mim.
Tudo o que sou me foi um dia emprestado pelo Criador para que eu possa dividir com aqueles que entram na minha vida.
Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão.
Há muito o que dar e o que receber; há muito o que aprender, com experiências boas ou negativas.
É isso... tente ver as coisas negativas que acontecem com você como algo que aconteceu por uma razão precisa.
E não se lamente pelo ocorrido; além de não servir de nada reclamar, isso vai te vendar os olhos para continuar seu caminho.
Quando não conseguimos tirar da cabeça que alguém nos feriu, estamos somente reavivando a ferida, tornando-a muitas vezes bem maior do que era no início. Nem sempre as pessoas nos ferem voluntariamente.
Muitas vezes somos nós que nos sentimos feridos e a pessoa nem mesmo percebeu; e nos sentimos decepcionados porque aquela pessoa não correspondeu às nossas expectativas.
Às nossas expectativas!!!
E sabemos lá quais eram as suas expectativas?
Nos decepcionamos e decepcionamos.
Mas, claro, é bem mais fácil pensar nas coisas que nos atingem. Quando alguém te disser que te magoou sem intenção, acredite nela!
Vai te fazer bem.
Assim, talvez, ela poderá entender quando você,
sinceramente, disser que "foi sem querer".
Dê de você mesmo o quanto puder!
Sabe, quando você se for, a única coisa que vai deixar é a lembrança do que fez aqui.
Seja bom, tente dar sempre o primeiro passo, nunca negue uma ajuda ao seu alcance, perdoe e dê de você mesmo. Seja uma bênção!
Deus não vem em pessoa para abençoar, Ele usa os que estão aqui dispostos a cumprir essa missão.
Todos nós podemos ser Anjos.
A eternidade está nas mãos de todos nós.
Viva de maneira que quando você se for, muito de você ainda fique naqueles que tiveram a boa ventura de te encontrar.
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