sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Feliz Ano Novo...mas...


"Jamais haverá ano novo
se continuar a copiar os erros dos anos velhos."
(Luis de Camões)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Aquarelas de Marcel Reynaert


Aquarelas Das Idades Jf

From: Quoist,
5 months ago


Aquarelas Das Idades Jf
View SlideShare presentation or Upload your own.






SlideShare Link

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A Bondade - Reflexões


A bondade verdadeira, a bondade de Deus, foi revelada aos seres humanos em sua mais sublime e suprema expressão, por meio do seu Filho unigênito, Jesus Cristo: 


Jesus começou a percorrer todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, proclamando a Boa Nova do Reino e curando todo tipo de enfermidade. Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão, porque estavam cansadas e abatidas como ovelhas que não têm pastor (Mt 9,35).

A natureza da bondade divina é a questão bíblica mais simples e, ao mesmo tempo, mais complicada para a humanidade de todos os tempos. Entretanto, Deus tem revelado desde sempre seu amor pela humanidade, pois todos nós fomos criados à sua imagem e semelhança. Exatamente por isso, muitas vezes não o compreendemos como a verdadeira Bondade que é. A nossa bondade não passa de alguns instantes, mas Deus revela uma bondade incondicional. Ele é bom e não espera nossa retribuição, não pede que o amemos ou sirvamos. Não é bom para nós para que lhe retribuamos, ou para que o amemos e sirvamos, pois antes que o amemos, ele já nos tem amado. Tanto é verdade que nos enviou Jesus Cristo, seu amado Filho, que nos ensinou: "Amarás teu próximo como a ti mesmo" (Mt 23,29), base verdadeira da bondade a ser seguida por todos neste mundo.

Enquanto existir na mente humana o egoísmo, a inveja, a ganância e o ódio, a bondade custará a vencer. A pessoa sintonizada em Deus é generosa e benevolente com seu semelhante e age, assim, como filha de Deus que é. A interiorização da bondade purifica o ser humano, dá-lhe paz, liberta-o da dor e do sofrimento. Por meio da bondade, a pessoa pode agir de forma mais amável, sem parcialidade, sem preconceitos, sem discriminações nem ódios. A compaixão é a expressão da bondade em ação, por isso, quem não a possuir em si mesmo não conseguirá auxiliar os outros.

A bondade abrange o pensamento, a palavra e os atos. Quando estes causam dano a nós mesmo ou aos outros, é porque não dispomos do verdadeiro sentimento da bondade, não estamos ligados à bondade de Deus, nosso Pai.

O próprio


É Natal...Paz e Amor.

Ressurgiu um novo céu 
quando veio o anoitecer 
e uma estrela anunciou: 
abram portas e janelas, 
os portões das vielas e preparam o coração. 

Acendam tochas e lanternas 
ofereçam flores belas 
e pro céu vamos olhar; 
é das noites a mais linda, 
a boa nova é bem-vinda 
para o povo celebrar, 

Eis que surge uma luz 
num gemido inspirador, 
no doce olhar de um menino 
todo o brilho do amor. 

As crianças vão cantar 
e os sinos vão dobrar; 
nasceu hoje a esperança, 
vamos todos contemplar. 

Toda vez que o coração 
bate forte de emoção 
é Natal, amor e paz! 
Alegria e comunhão, 
harmonia, luz e pão 
na mensagem que Ele traz. 

O suspiro redentor 
tornar-se-á uma grande voz. 
O Menino-Salvador 
caminhará sempre entre nós. 


Luizinho Bastos

 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Lembrete do...QUINTANA!

'A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira. .
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já se  passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.

Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.

Desta forma, eu digo: não deixe de fazer algo de que gosta devido a falta de tempo; a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.'

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Meu primeiro cubo Acrobata


FELIZ E SANTO NATAL...Não se esqueça do aniversariante!

A cada ano o Natal estabelece uma ponte que une o Céu à Terra.

A alegria celeste perfurando as nuvens de apreensão, angústia e tristeza que envolvem nosso pobre mundo, se difunde por toda a parte tornando mais leves, alegres e generosos os corações dos homens.

“Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do Seu agrado (Lc.2,14)

 

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Ir e Vir...Panorâmica.

Posted by Picasa

Flying down to Rio de Janeiro - Zeppelin


Esta película é uma reliquia de 1932, verdadeiramente fora de série.
O "Graf Zeppelin" sobrevoa as ilhas Oceânicas Brasileiras, inclusive Fernando de
Noronha e depois faz uma parada em Recife, para pernoite. No dia seguinte, na rota  para Salvador-Rio, vê-se um grande veleiro encalhado numa praia e ainda   cruza com um -grande avião-postal da época-, até o pouso em Santa Cruz,  atual Base Aérea de Santa Cruz, da FAB


From Wikipidia

A Zeppelin is a type of rigid airship pioneered by the German Count Ferdinand von Zeppelin in the early 20th century, based on designs he had outlined in 1874,[1] designs he had detailed in 1893,[2] and that were reviewed by committee in 1894,[2] which he later patented in 1895.[3] Due to the outstanding success of the Zeppelin design, the term zeppelin in casual use came to refer to all rigid airships.

Zeppelins were operated by the Deutsche Luftschiffahrts-AG (DLG). DLG, the first commercial airline, served scheduled flights before World War I. After the outbreak of the war, the German military made extensive use of Zeppelins as bombers and scouts.

The German defeat halted the airship business temporarily, but under the guidance of Hugo Eckener, the successor of the deceased count, civilian zeppelins experienced a renaissance in the 1920s. They reached their zenith in the 1930s, when the airships LZ 127 Graf Zeppelin and LZ 129 Hindenburg operated regular transatlantic flights between Germany and both North America and Brazil. The Hindenburg disaster in 1937, combined with political and economic issues, contributed to the demise of the Zeppelin.


terça-feira, 25 de novembro de 2008

Os Dez Mandamentos da Serenidade

Só por hoje tratarei de viver exclusivamente este meu dia,
sem querer resolver o problema de minha vida, todo de uma vez.

Só por hoje terei o máximo de cuidado com o modo de tratar os outros: serei delicado nas minhas maneiras, não criticarei ninguém, não pretenderei melhorar ou disciplinar ninguém senão a mim mesmo.

Só por hoje me sentirei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz, não só no outro mundo, mas também neste.

Só por hoje me adaptarei às circunstâncias, sem pretender que as circunstâncias, se adaptem todas aos meus desejos.

Só por hoje dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, pois, assim como é preciso comer para sustentar o meu corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a minha alma.

Só por hoje praticarei uma boa ação sem contá-la a ninguém.

Só por hoje farei uma coisa de que não gosto e, se for ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.

Só por hoje farei um programa bem completo de meu dia. Talvez não o execute perfeitamente, mas em todo o caso, vou fazê-lo. E evitarei dois males: a pressa e a indecisão.

Só por hoje serei bem firme na fé de que a Divina Providência se ocupa de mim, como se existisse somente eu no mundo, ainda que as circunstâncias manifestem o contrário.

Só por hoje não terei medo de nada. Em particular, não terei medo de crer na bondade.


João XXIII

terça-feira, 18 de novembro de 2008

O ventre de Deus


O ventre de Deus gerou a célula, que está no centro da vida e que movimenta o Universo.

O ventre de Deus gerou a mulher e o homem com todos os traços de sua própria imagem.

O ventre de Deus gerou céus e terra, a luz e a noite, os rios e os oceanos.

O ventre de Deus gerou a fauna, cada animal, com capacidade própria de crescer e se multiplicar.

O ventre de Deus gerou a flora com o tempo próprio de sua existência para alimentar e embelezar a terra e o mar.

O ventre de Deus gerou a liberdade presente nos seres vivos, e a capacidade de escolha entre o bem e o mal.

O ventre de Deus gerou a própria criatividade e sabedoria, os seres vivos e suas descendências.

Todos somos suas filhas e seus filhos.

O ventre de Deus gerou o Universo e a humanidade e o seu espírito fez crescer a vida nos planetas.

O ventre de Deus gerou o amor, a fraternidade, a vida!

O ventre de Deus gerou o amor, a fraternidade e a família, a mais importante célula que no amor partilha!


Natividade Pereira
Fonte: PAULINAS

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

domingo, 5 de outubro de 2008

O Laço e o Abraço

O Laço e o Abraço

(desconheço a autoria)
  
Meu Deus! Como é engraçado...
Eu nunca tinha repardo como é curioso um laço...
Uma fita dando voltas? Se enrosca...
Mas não se embola, vira, revira, circula e pronto,
esta dado o laço.
 
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de laço.
É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?
Vai escorregando....devagarzinho,
desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido e na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.
 
Ah! Então é assim o amor, a amizade?
Tudo que é sentimento?
Como um pedaço de fita?
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço.
 
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade, laço de ternura.
E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.
E saem as duas partes, com os seus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.
 
Então o amor é isso....
Não prende, não escraviza, não aperta, não sufoca, porque quando vira nó, já deixou de ser um laço

O Pavão e a Coruja

No mesmo espaço da floresta, o pavão e a coruja contemplavam os mistérios da natureza. 

Em dado momento, o pavão tomou conhecimento da coruja - que já havia percebido sua presença - e ambos puseram-se a conversar. 

O pavão, consciente de si e de seus magníficos dotes, exibia-se orgulhoso e polêmico, com frases de grande efeito. 

Transformava tudo em debate e se colocava como verdadeiro mestre de todos os temas. Com isso, muitos animais se aproximavam para se edificarem com suas palavras ou se identificarem com o seu desempenho. 

A coruja, por seu turno, prestava genuína atenção a cada coisa dita ou exibida. 
Com serenidade interior e sem inveja, distinguia o certo e o verdadeiro de cada coisa, sem desprezar e nem venerar seu interlocutor. 
Os esforços da coruja se centravam na busca da verdade e na construção do caminho que leva à plenitude. 

Seu longo hábito de meditação e de recolhimento lhe permitiam silenciar à maior parte do tempo, esperando que o fluxo sucessivo de argumentos superficiais do pavão trouxessem à luz suas próprias contradições. 
Não era necessário destruir seu oponente. 
A coruja não precisava vencer e nem brilhar. 

Um sábio, que por ali passava, refletiu sobre o que presenciava. 
E constatou, também em silêncio, que o ser verdadeiramente seguro e conseqüente interage com todos os entes sem buscar a própria glória. 
Aprende a edificar seu interior e a orientar sua existência no despojamento da verdade. 
Ajuda sem impor. Convive sem iludir. 
E se torna livre daquela forma de reconhecimento superficial 
que escraviza ao aplauso alheio. 

Uma caravana de circo também passava pelo local. 
Seu gerente, que buscava novas atrações para seu espetáculo, ao ver a cena, tornou-se empolgado. 
Espantou a coruja e aprisionou o pavão. 
Este, atualmente, exibe-se em todos os lugares por onde o circo passa, 
recebendo aplausos em seu cativeiro. 

A coruja voa livre pela floresta. 


José Tarcísio Amorim

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Fábula de Esopo

Estava procurando histórias para contar a meu filho... até que encontrei
uma fábula de Esopo que não conhecia e a achei fantástica.

Um homem transportava uma carga muito pesada na sua carroça com
grande dificuldade, pois havia chovido e a estrada estava cheia de barro.
Depois de certo tempo, o que ele mais temia aconteceu: uma das rodas
ficou atolada e, quanto mais os cavalos puxavam, mais ela patinava e
afundava.

Finalmente, o carroceiro parou de chicotear os cavalos, desceu da carroça
e, ajoelhado, rezou a Hércules, o Forte. “Ó Hércules, ajude-me neste
momento de infortúnio”, implorou o homem, esperançoso por um milagre.

Hércules apareceu e disse: “O que está fazendo aí ajoelhado? Arregace as
mangas e comece a empurrar a carroça!”.

Meu filho talvez ainda não compreenda a profunda lição de uma história
tão simples.
 Espero que você sim – e compartilhe, se quiser.


sábado, 27 de setembro de 2008

DO MUNDO VIRTUAL AO ESPIRITUAL

Frei Betto


     Ao  viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do  Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos em paz em seus  mantos cor de açafrão. Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São  Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares,  preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já  haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um  outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois  modelos produz felicidade?'

     Encontrei  Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à  aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'. Comemorei: 'Que bom, então de  manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho  tanta coisa de manhã...' 'Que tanta coisa?', perguntei. 'Aulas de inglês, de  balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota  robotizada. Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de  meditação!'

     Estamos construindo  super-homens e supermulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente  infantilizados. Por isso as empresas consideram agora que, mais importante que  o QI, é a IE, a Inteligência Emocional. Não adianta ser um superexecutivo se  não se consegue se relacionar com as pessoas. Ora, como seria importante os  currículos escolares incluírem aulas de  meditação!

     Uma progressista cidade do  interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de  ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não  tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em  relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como  estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!' Mas como  fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?   

     Outrora, falava-se em realidade:  análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade. Hoje, a  palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela  internet: não se pega aids, não há envolvimento emocional, controla-se no  mouse. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga  íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizi­nho de  prédio ou de quadra! Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os  valores, não há compromisso com o real! É muito grave esse processo de  abstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos virtuais, religiosos  virtuais, cidadãos virtuais. Enquanto isso, a realidade vai por outro lado,  pois somos também eticamente virtuais...

     A  cultura começa onde a natureza termina. Cultura é o refinamento do espírito.  Televisão, no Brasil - com raras e honrosas exceções - é um problema: a cada  semana que passa, temos a sensação de que ficamos um pouco menos cultos. A  palavra hoje é 'entretenimento'; domingo, então, é o dia nacional da  imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se  apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a  publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é  o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, vestir este  tênis,­ usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!' O problema é  que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que  acaba­ precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a  neurose.

     Os psicanalistas tentam  descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los onde? Eu,  que não sou da área, posso me dar o direito de apresentar uma su­gestão.  Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. Porque, para fora, ele  não tem aonde ir! O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si  mesmo, começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento  globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para  uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades,  auto-estima, ausência de estresse.

     Há uma  lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vai à Europa e visita  uma pequena cidade onde há uma catedral, deve procurar saber a história  daquela cidade - a catedral é o sinal de que ela tem história. Na Idade Média,  as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil,  constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shopping  centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas;  neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de  missa de domingos. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há  mendigos, crianças de rua, sujeira pelas  calçadas...

     Entra-se naqueles claustros  ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista.  Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos  de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista,  sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito,  entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar,  certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na  eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo  hambúrguer do McDonald's...

     Costumo  advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo  um passeio socrático.' Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates,  filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro  comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:  'Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser  feliz.'

Melodia do Coração


Desde sempre os sábios exaltaram o valor da amizade e expressaram em novas imagens
 o mistério do amigo.
 Uma imagem que me tocou de modo especial e profundamente foi:
"Amigo é aquele que escuta a melodia do coração do outro e a canta de novo para ele, quando este a esqueceu".

Não sei de quem é esta frase, mas é uma imagem maravilhosa dizer que o amigo escuta a melodia de meu coração.

O amigo percebe perfeitamente o que está perturbando o meu interior.
Ele introduz seu ouvido dentro de mim
para descobrir a melodia básica de minha vida,
para perceber onde e como a minha vida começa a balançar e vibrar.

E quando esqueci esta melodia
porque me afastei de mim mesmo
devido às muitas preocupações do dia-a-dia,
 meu amigo canta para mim esta melodia.

Ele me traz de volta
 ao contato com meu verdadeiro cerne, com meu verdadeiro ser.
Ele me traz o reflexo do que eu sou. O amigo me lembra do que sou no mais íntimo.

Sua tarefa é, pois, mais do que apenas me compreender,
do que estar do meu lado e me apoiar.
Ele assume dentro dele a melodia de meu coração,
para fazê-la soar novamente quando ela tiver emudecido em mim.

Fonte: Paulinas
 

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Frank Sinatra & Celine Dion

APENAS UM POEMA

"Se a brisa da manhã tocar o teu rosto e num gracejo fogoso fizer teus
cabelos brincar, saiba que é um carinho meu,
que sem querer dizer adeus, pedi ao vento para te entregar...

Se ao andar pelas matas sentir o cheiro da vida, de folhas secas e
molhadas, perfume de flores, pode ser jasmim ou qualquer coisa assim, é
ainda a minha mensagem que vai com o meu perfume, para você jamais esquecer
de mim...

Ao ouvir o barulho de água cristalina, limpa, pura, vai te lembrar minhas
loucuras tentando te conquistar.
Uma cachoeira encantada vai te lembrar
minha risada quando eu só existia para te amar...

E ao ouvir pássaros cantando, em alguns galhos namorando, recordará algumas
canções que a gente escutava baixinho, jogados em qualquer cantinho,
deixando a canção dizer o que havia em nossos corações...

Se uma gota de orvalho atrevida em tua face pingar e mais uma outra, ainda
insistente, cair, é apenas uma lágrima que escorregou, é essa imensa
saudade a me consumir...

E, ao cair da tarde, quando tudo for silêncio,
olhe para o horizonte , escuta quando a noite chegar.
A mesma estrela vai te dizer
que, mesmo que nunca mais te encontre, eu jamais vou te esquecer..."

(desconheço o autor)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O Vaso Chinês



Um jovem servo foi condenado à forca, 
por ter quebrado um vaso de porcelana
de uma preciosa coleção que pertencia à família real. 

Consternado, um velho sábio procurou o príncipe 
e prometeu fazer todos os vasos voltarem a ser iguais, 
em troca do perdão ao servo. 

Curioso, o príncipe concordou e o ancião, 
na mesma hora, espatifou com seu bastão, 
os outros dez vasos. 

O sábio subiu ao cadafalso no mesmo dia, mas, 
antes de ser levantado, declarou: 
"Sou velho e morro tranquilo. 
Salvo a vida de dez jovens que, um a um, 
morreriam, a cada vez que um 
daqueles vasos fosse quebrado". 


Conto chinês

Fonte: Paulinas

sábado, 13 de setembro de 2008

A dificil arte de saber OUVIR.


A difícil arte de ouvir

Não se ouve o que o outro fala: ouve-se o que ele não está dizendo.

Não se ouve o que o outro fala: ouve-se o que se quer ouvir.

Não se ouve o que o outro fala. Ouve-se o que já escutara antes e o que se acostumou a ouvir.

Não se ouve o que o outro fala. Ouve-se o que se imagina que o outro ia falar.

 Numa discussão, em geral, não se ouve o que o outro fala.

Ouve-se quase que só o que se pensa para dizer em seguida. Não se ouve o que o outro fala.

Ouve-se o que se gostaria que o outro dissesse. Não se ouve o que o outro fala.

Ouve-se apenas o que se está sentindo. Não se ouve o que o outro fala.

Ouve-se o que já se pensava a respeito daquilo que o outro está falando. Não se ouve o que o outro está falando. Retira-se da fala dele apenas as partes que tenham a ver consigo. Não se ouve o que o outro fala.

Ouve-se o que confirme ou rejeite o seu próprio pensamento. Ou seja, transforma-se o que o outro está falando em objeto de concordância ou discordância. Não se ouve o que o outro está falando.

Ouve-se o que possa se adaptar ao impulso de amor, raiva ou ódio que já sentia por quem está a falar. Não se ouve o que o outro fala.

Ouve-se da fala dele apenas os pontos que possam fazer sentido para as idéias e pontos de vista que no momento nos estejam  influenciando ou tocando mais diretamente.

 Ouviu?