terça-feira, 12 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
O SENTIDO DAS COISAS.
Uma antiga fonte, nobre e solitária: não há mais algazarra de meninos, o ir e vir das mulheres,
o burburinho da água; resta um tanque vazio... Uma obra humana que perdeu o sentido da própria origem.
Como um velho castelo, com rachaduras, habitado por heras e arbustos, marcado pelo abandono dos homens e dos reis...
Uma obra humana que perdeu o sentido de sua existência .
O sentido das coisas, uma força secreta, a alma de uma obra, o seu espírito.
Perdê-lo significa perder aquilo que lhe deu origem e sustentava sua vida.
O sentido das coisas é o milagre de uma nascente subterrânea , que faz surgir,
numa paisagem imensa de areia e de céu, uma realidade viva: a surpresa de um oásis.
Porque, como Deus se revela, tornando-se humano, o sentido existe tornando-se matéria.
O sentido toma o corpo, o espírito se faz letra : entrelaçando-se, tornam-se gesto, obra ou texto, num mundo concreto de seres humanos e de coisas.
Mas o corpo e a letra, anifestando o seu sentido, ao mesmo tempo escondem-no...
Não serão, na realidade, os ídolos que encerram o espírito e o seu mistério, podem apenas sugeri-los:
na parábola do que há de vir, amanhã talvez seja uma casa, que não viverá senão por sua própria solidão.
O significado nas coisas é como um relacionamento de hospitalidade: entendimento recíproco que surge discreto e provisório.
Um hóspede não poderá ficar para sempre, mas simplesmente fruir o acolhimento de hoje.
A hospitalidade é, de fato, o prazer de conhecer outras pessoas, de falar de si de outras formas...
E na procura do sentido das coisas, o seu encontro lhe mostrará uma outra dimensão,
porque se uma obra é uma expressão necessária, cujo sentido será seu respirar mais profundo.
Mas, se a obra acreditar-se imortal , esquecerá a intuição que a fez nascer, e que pertence,
como o corpo de um ser humano, à história e à contingência das coisas que mudam.
E a letra de visível se tornará invisível, encorajando a olhar o espírito além das aparências: a sua verdade será a sua própria transparência .
O sentido lhe dirá, portanto, o dinamismo que anima o ser humano e as coisas, acompanhando os seres em direção a seu futuro.
Mas o seu encontro não será fruto de seus olhos; será o resultado da abertura atenta e curiosa do coração.
E a grandeza do coração será chamada abertura do espírito ou tolerância.
Renato Zílio
o burburinho da água; resta um tanque vazio... Uma obra humana que perdeu o sentido da própria origem.
Como um velho castelo, com rachaduras, habitado por heras e arbustos, marcado pelo abandono dos homens e dos reis...
Uma obra humana que perdeu o sentido de sua existência .
O sentido das coisas, uma força secreta, a alma de uma obra, o seu espírito.
Perdê-lo significa perder aquilo que lhe deu origem e sustentava sua vida.
O sentido das coisas é o milagre de uma nascente subterrânea , que faz surgir,
numa paisagem imensa de areia e de céu, uma realidade viva: a surpresa de um oásis.
Porque, como Deus se revela, tornando-se humano, o sentido existe tornando-se matéria.
O sentido toma o corpo, o espírito se faz letra : entrelaçando-se, tornam-se gesto, obra ou texto, num mundo concreto de seres humanos e de coisas.
Mas o corpo e a letra, anifestando o seu sentido, ao mesmo tempo escondem-no...
Não serão, na realidade, os ídolos que encerram o espírito e o seu mistério, podem apenas sugeri-los:
na parábola do que há de vir, amanhã talvez seja uma casa, que não viverá senão por sua própria solidão.
O significado nas coisas é como um relacionamento de hospitalidade: entendimento recíproco que surge discreto e provisório.
Um hóspede não poderá ficar para sempre, mas simplesmente fruir o acolhimento de hoje.
A hospitalidade é, de fato, o prazer de conhecer outras pessoas, de falar de si de outras formas...
E na procura do sentido das coisas, o seu encontro lhe mostrará uma outra dimensão,
porque se uma obra é uma expressão necessária, cujo sentido será seu respirar mais profundo.
Mas, se a obra acreditar-se imortal , esquecerá a intuição que a fez nascer, e que pertence,
como o corpo de um ser humano, à história e à contingência das coisas que mudam.
E a letra de visível se tornará invisível, encorajando a olhar o espírito além das aparências: a sua verdade será a sua própria transparência .
O sentido lhe dirá, portanto, o dinamismo que anima o ser humano e as coisas, acompanhando os seres em direção a seu futuro.
Mas o seu encontro não será fruto de seus olhos; será o resultado da abertura atenta e curiosa do coração.
E a grandeza do coração será chamada abertura do espírito ou tolerância.
Renato Zílio
domingo, 3 de janeiro de 2010
ETERNIDADE - Tributo "In Memorian" a um grande amigo.
O que eu tenho não me pertence, embora faça parte de mim.
Tudo o que sou me foi um dia emprestado pelo Criador para que eu possa dividir com aqueles que entram na minha vida.
Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão.
Há muito o que dar e o que receber; há muito o que aprender, com experiências boas ou negativas.
É isso... tente ver as coisas negativas que acontecem com você como algo que aconteceu por uma razão precisa.
E não se lamente pelo ocorrido; além de não servir de nada reclamar, isso vai te vendar os olhos para continuar seu caminho.
Quando não conseguimos tirar da cabeça que alguém nos feriu, estamos somente reavivando a ferida, tornando-a muitas vezes bem maior do que era no início. Nem sempre as pessoas nos ferem voluntariamente.
Muitas vezes somos nós que nos sentimos feridos e a pessoa nem mesmo percebeu; e nos sentimos decepcionados porque aquela pessoa não correspondeu às nossas expectativas.
Às nossas expectativas!!!
E sabemos lá quais eram as suas expectativas?
Nos decepcionamos e decepcionamos.
Mas, claro, é bem mais fácil pensar nas coisas que nos atingem. Quando alguém te disser que te magoou sem intenção, acredite nela!
Vai te fazer bem.
Assim, talvez, ela poderá entender quando você,
sinceramente, disser que "foi sem querer".
Dê de você mesmo o quanto puder!
Sabe, quando você se for, a única coisa que vai deixar é a lembrança do que fez aqui.
Seja bom, tente dar sempre o primeiro passo, nunca negue uma ajuda ao seu alcance, perdoe e dê de você mesmo. Seja uma bênção!
Deus não vem em pessoa para abençoar, Ele usa os que estão aqui dispostos a cumprir essa missão.
Todos nós podemos ser Anjos.
A eternidade está nas mãos de todos nós.
Viva de maneira que quando você se for, muito de você ainda fique naqueles que tiveram a boa ventura de te encontrar.
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