quinta-feira, 29 de maio de 2008
Artur da Tavola
"Quem ama a música não padece de solidão"
- Artur da Tavola -
Coisas que a vida ensina depois dos 40
Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...
© Artur da Távola
- Paulo Alberto Monteiro de Barros -
* Nascido no dia 3 de janeiro de 1936
* Falecido no dia 9 de maio de 2008
Artur da Távola
Percorrer o universo literário de Artur da Távola é deleitar-se com a sensibilidade e a mais refinada das emoções.
Artur da Távola estabelece com os seus leitores uma cumplicidade inequívoca, uma vez que suas letras findam por confidenciar-se em um idioma que tão bem os olhares da emoção e nosso coração reconhecem. Um diálogo íntimo de sussurros, como se as letras afagassem o nosso olhar, envolvendo a paisagem, onde a palavra se deixou espraiar. Um abraço de afinidade, onde somos enleados pela alma de cada sílaba, em que pulsou o coração do escritor.
Artur da Távola alcança através de sua escrita, o que deseja todo escritor: criar elos nem sempre conhecidos e revelados, onde se espraiam as emoções num misto de reverência e regozijo
Nas palavras de Artur da Távola, deparamo-nos com o infinito, onde nascem os sonhos que dormitam, aguardando pelo encontro entre autor e leitor.
Ao deixarmos nossos olhares na escrita de Artur da Távola, percebemos uma intimidade de gestos e de expressões que vão além da letra consumada e consumida. Suas palavras falam muitas vezes, a palavra do impossível ou do apenas desejado, registrando sob matizes diversos a humanidade do universo, em que se inserem.
Ao lermos Artur da Távola tocamos a alma das palavras. E tanto mais é inquietante e, ao mesmo tempo pacificador este encontro, quanto mais nos permitimos a liberdade do sentir. Nas asas das letras deste escritor alcançamos horizontes inimagináveis, como se fosse o infinito apenas passagem e nunca destino, para aqueles que se permitem este encontro inenarrável com a emoção.
Fernanda Guimarães
Biografia
Data de nascimento: 03 de janeiro de 1936
Naturalidade: Rio de Janeiro-RJ
Filiação: Paulo de Deus Moretzsohn Monteiro de Barros
Magdalena Koff Monteiro de Barros
Profissões: Advogado, Jornalista, Radialista, Escritor e Professor.
Formação
Direito - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - 1954-1959.
Especialista em Educação, formado pela CLAFEE (Centro Latino-americano de Formación de Especialistas en Educación). Convênio Unesco - Universidade do Chile - Santiago - 1965.
Atividades Docentes:
Professor da Escola de Jornalismo da Fundação Gama Filho - 1960.
Professor Chefe de Cátedra de "Periodismo Audiovisual" na Escola de Periodismo e Comunicação da Universidade do Chile - Santiago - 1966 a 1968.
Vice-Diretor da Escola de Periodismo da Universidade do Chile - Santiago - 1966 a 1968.
Professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro - Cadeira: Produção de Rádio e Televisão - 1974 a 1975.
Atividades participativas diversas:
Presidente da Comissão de reforma da escola de Jornalismo da Universidade do Chile - Santiago - 1967 a 1968.
Membro da Câmara Técnica do Corredor Cultural da Cidade do Rio de Janeiro - 1979.
1º Vice-Presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa) - 1980/1981.
Conferencista em mais de cem oportunidades, em vários Estados abordando os temas - Literatura - Comunicação - Política.
Membro da Comitiva Oficial do Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, em visita oficial ao Chile em 1995, para posse do Presidente Ricardo Lagos.
Membro da Comitiva Oficial do Presidente da República Fernando Henrique Cardose, em visita oficial a Portugal em 1996.
Proferiu Aula Magna inaugural nas Universidades Federal Fluminense, Gama Filho, UNIRIO e SUAM - 1995. PUC Porto Alegre - 1999.
Membro da Comitiva Oficial do Presidente Fernando Henrique Cardoso, em visita oficial ao Chile - Março 2000.
Membro da Comitiva Oficial Brasileira que participou da 103ª Conferência Interparlamentar realizada em Aman (Jordânia) - maio de 2000.
Condecorações:
Ordem do Rio Branco
Grau de Oficial
Brasília, 20 de abril de 1994.
Ordem do Infante D. Henrique
Grau de Gran Cruz
Lisboa, 20 de julho de 1995.
Ordem de Bernardo O'Higgins
Grau de Gran Cruz
Santiago do Chile, 9 de março de 1995.
Ordem do Mérito Naval
Grau de Grande Oficial
Brasília, 11 de junho de 1995.
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
Colar do Mérito Judiciário
Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1995.
Ordem do Mérito Militar
Grau de Comendador
Brasília, 19 de abril de 1996.
Político, escritor, intelectual. Arthur da Távola iniciou sua trajetória política como Presidente do Centro Acadêmico Eduardo Lustosa (CAEL) da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica - 1956/57.
Foi eleito Deputado Constituinte do Estado da Guanabara PTN, de 1960 a 1962, e Deputado à Assembléia Legislativa do Estado da Guanabara - 1962 a 1964. Teve seu mandato cassado por ocasião do AI-5, em 1964, exilando-se de 1964 a 1968 na Bolívia e no Chile.
Retornou ao Brasil em 1968, antes do Ato Institucional nº 5, para participar nas várias formas de luta de idéias e movimentos pacíficos destinados a recuperar o processo democrático no País.
Retornou ao poder legislativo eleito Deputado Constituinte pelo PMDB-RJ, sendo o mais votado da Bancada – 1987, sendo fundador do PSDB no ano seguinte. Alcançou algumas das posições de maior destaque no partido: Líder do PSDB na Assembléia Nacional Constituinte – 1988, Vice-Presidente Nacional, Líder da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados em 1994 e, finalmente, Presidente Nacional do PSDB - 1995 a 1997.
Sua identificação com a cultura nacional foi determinante na atuação em diversos cargos como Presidente da Comissão de Assuntos Culturais, Educação, Ciência e Tecnologia do Parlamento Latino americano (1998/1999), Membro do Parlamento Cultural do Mercosul (1998/1999), Presidente da Comissão de Educação, Comunicação, Cultura e Esporte - 1997/1998 e Secretário das Culturas do Município do Rio de Janeiro - Janeiro de 2001.
Sob sua direção editou a revista trimestral de Comunicação, Arte e Educação, "CONTATO" que era distribuída graciosamente para as instituições culturais de todo o Brasil com artigos assinados pelos mais eminentes nomes de todas essas áreas. Lamentavelmente com a não reeleição do Senador em 2002 os seguimentos de cultura nacional perderam muito com a ausência deste brasileiro que sempre lutou para que o Brasil não fosse relegado a segundo ou terceiro plano diante das grandes potências mundiais em termos de letras, artes e educação.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
terça-feira, 20 de maio de 2008
Espiritualidade Organizacional
Você já imaginou chegar ao escritório, ligar seu computador e de repente se deparar com um e.mail de Deus dizendo mais ou menos assim?
“Como você acordou esta manhã?
Eu tinha esperança de que você falasse comigo, mesmo que fosse apenas umas poucas palavras, querendo saber minha opinião sobre algumas coisas ou mesmo me agradecendo por algo bom que aconteceu em sua vida ontem.
Tudo bem!
Fique tranqüilo Eu posso esperar, afinal, tenho muita paciência, muito mais do que você pode imaginar.
Na verdade Eu apenas gostaria de fazer algumas colocações que poderiam ser-lhes úteis em seu trabalho.
Queria ensinar como ser paciente com as outras pessoas e como ser bom.
Dizer-lhe que o sucesso de uma empresa não depende só de uma boa dose de competência, mas, também de uma espiritualidade interna.
Você deve estar pensando:
- Se vai falar de religião, to fora!
Não, não vou falar de religião, aliás, talvez esta seja a maior confusão que os executivos das empresas fazem.
Na verdade trata-se de coisas muito distintas.
Para deixar bem claro pra você Eu diria que religião é uma opção livre e consciente que as pessoas fazem.
Da adesão a uma confissão religiosa, tais pessoas realizam a transcendência de si por meio da experiência de comunhão com um Ser Superior, Eu.
Já quando me refiro à espiritualidade, estou falando de postura, de conduta no caminho do bem e da prosperidade ética, um auxiliando o outro na busca dos objetivos, sejam organizacionais ou pessoais, independente de qualquer crença ou adesão a uma confissão religiosa.
A espiritualidade não é algo concreto ou palpável, mas incide diretamente na maneira de ser do ser humano.
Ela nasce e se consolida no cotidiano de quem a cultiva, de quem se dispõe a aprender com as adversidades e as diferenças interpessoais.
A espiritualidade reveste as pessoas de retas intenções e, conseqüentemente, de bons sentimentos.
Logo, só pode trazer benefícios a todos os envolvidos no processo organizacional, pois, o que prevalece não é a lei do ganha, é a lei do participar para somar.
Neste sentido, a espiritualidade se mostra consistente pela perspectiva do sentir humano e na sua empresa existem vários fatores que podem te levar a crer que você possa desenvolvê-la.
Você deve estar se questionando, de que fatores Ele está falando?
Eu diria que dentre eles está a busca constante de aperfeiçoamento das pessoas, as crenças, os valores éticos e morais tão importantes para direcionar comportamentos dentro da organização, logo, a somatória do caráter de cada colaborador é que forma a espiritualidade de sua empresa.
Ah! Você quer colocar seus argumentos, vamos lá.
- Quero sim. Para começar eu não acho que a espiritualidade é a única responsável pela conduta e postura pessoal dos colaboradores, é claro que a presença da religiosidade pode contribuir e trazer benefícios espirituais, porém, a grande força motivadora para uma mudança de postura coletiva está na conduta ética das ações pessoais, desse modo entendo espiritualidade como sendo a faculdade humana de gerar harmonia entre razão e emoção, de divisar e conferir sentido as suas tarefas e ações na empresa.
Você está certo, até porque Eu não estou afirmando que é a única.
Estou dizendo que por meio da espiritualidade é possível mudar a empresa, mudar a sociedade, mudar o mundo.
Hei! Por que este ar de incredulidade.
Ah! Já sei foi porque Eu usei a frase mudar o mundo.
E por que não?
Imagine as pessoas instaurando propósitos e atividades em que a capacidade de doar, perdoar, amar, compadecer-se, ser paciente, bondoso, honesto, estivesse referendando as relações, os negócios!
Diante do prestígio que o meio empresarial desfruta atualmente, sonho com o dia em que desse meio surjam iniciativas em prol da mudança da sociedade mundial.
Penso que grandes transformações começam dentro das pessoas, principalmente pelo cultivo de bons sentimentos.
Se o que emana das pessoas é bom, o que elas produzem também irradia isso.
Por onde começar?
A mudança do mundo começa a partir da convicção dessa possibilidade, pois, o cultivo de uma espiritualidade por parte dos colaboradores de uma empresa pode contribuir positivamente na revitalização organizacional.
Você deve estar se questionando, tudo bem, mas, qual espiritualidade?
Eu te diria que o homem, finalmente, parece que está se cansando de concentrar-se só no material e está chegando à conclusão que o progresso tecnológico não pode satisfazer sozinho as aspirações humanas de felicidade e bem-estar.
Mesmo no mundo corporativo você não pode esquecer que o ponto de mira nessa viagem pela vida é a felicidade, pois, a estrada da carreira profissional pode levar ao sucesso, mas, não a felicidade e esta felicidade não poderá ser plena sem inserir a presença divina em seu cotidiano.
O que Eu quero dizer por profissional espiritualizado?
Partindo do pressuposto de que espiritualidade não é uma técnica e sim um valor de vida, um profissional espiritualizado é uma pessoa que confia plenamente em sua equipe, não faz julgamentos precipitados, procura corrigir os erros sem ficar procurando culpados.
Trata-se de um profissional que torce pelo sucesso dos colegas.
É uma pessoa que traz principalmente a harmonia a um ambiente repleto de disputas, de corridas pela vaidade e pelo reconhecimento.
Você deve estar indagando se Eu não estou falando de espiritualidade organizacional.
Pode ser, afinal, você pode dar o nome que quiser.
O que estou dizendo é que a espiritualidade é condição profissional onde cada colaborador encontra-se trabalhando “para servir”.
Servir aos clientes, aos colegas, à comunidade.
Enfim, espiritualidade é o que cria as reais condições de um relacionamento harmônico entre todos.
Trata-se de algo que leva o profissional de hoje a entender que, mais do que saber fazer para estar apto a enfrentar situações de mudança e agir sobre o meio, ele precisa saber ser para desenvolver sua personalidade e responsabilidade pessoal.
Tenha um bom dia!
Seu sempre amigo,
Deus”.
Um bom e abençoado Corpus Christi a todos.
Rubens Fava
domingo, 11 de maio de 2008
Idiossincrasia
Termo estranho né?
Até parece uma palavra de origem indígena!
Mas o pior é que a última moda é a utilização ( um tanto quanto pedante ) deste termo, para tudo na vida, servindo como comentário para qualquer situação.
No entanto o significado deste termo é muito mais abrangente e confuso que se pode imaginar!
Mas você que é uma pessoa de "Atitude" não poderia ficar fora desta, quando de repente for apanhado de surpresa, no meio de uma conversa, com essa expressão: Idiossincrasia!
Pois bem, existem alguns significados para o termo:
Significados técnicos da palavra idiossincrasia:
1 – Peculiaridade do comportamento característico de um indivíduo.
2 – Predisposição particular do organismo que dá lugar a reações próprias de cada indivíduo.
3 – Hipersensibilidade inata e constitucional que apresentam certos indivíduos aos agentes exteriores, aos medicamentos, aos alimentos e aos agentes físicos e químicos.
4 – Qualquer coisa invulgar ou original.
Do ponto de vista médico:
No geral, como se pode verificar, todos estes significados dizem a respeito de alguma forma de "ser diferente”, como se fosse uma "alergia" da qual a pessoa não nasce com ela. A idiossincrasia é adquirida ao longo da vida.
Uma pessoa que já nasce com alguma éspecie de alergia, como é o caso dos alergicos a lactose, estes não estão definidos como portadores de idiossincrasia, pois esta, a pessoa adquire em algum momento de suas vidas.
As idiossincrasias tanto podem reações a medicações, como também reações "alergicas" a fatores externos (pó, cheiros diferentes, alimentos, como é o caso da pessoa ficar alérgica a peixe, por exemplo).
A idiossincrasia pode até mesmo afetar uma pessoa com relação a uma situação, por exemplo, uma reunião social em que a pessoa começa a sentir-se mal com relação àquelas pessoas, seria como se aquela pessoa começasse a ter um "surto alégico, ou, uma crise de pânico" com relação aquele grupo de pessoas, ou seja, pode ter fundo emocional!
Em uma análise não médica, a Idiossincrasia:
Pode também significar uma revelação de um jeito de ser do individuo, que se mostra para a sociedade de forma diferente, uma maneira de ser diferente, um jeito de sentir diferente, um jeito de ver a vida, reagir às coisas, etc.
Assim como para este termo "idiossincrasia", existem definições médicas, das quais em certos graus devem ser tratadas, o mesmo termo também tem uma explicação não médicas.
Podemos também dizer que, já que está relacionado a um modo de ser diferente e particular de cada um, uma vez que ninguém é igual ao outro, todos nós temos nossas idiossincrasias, também podem tê-las as instituições, os países etc.
Exemplos: Os alemães não são (culturalmente) iguais aos brasileiros, então são idiossincráticos!,
Outro exemplo: alguém que tem determinada crença religiosa que é diferente.
Enfim a questão está de acordo com a nossa idiossincrasia!?...
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Ela é bonita.
Não, ela é mais do que bonita.
Ela é a própria vida em seu mais terno romper da aurora.
Vocês não a conhecem.
Nunca viram nem um único de seus retratos, mas a evidência ali está, a evidência de sua beleza, a luz sobre seus ombros quando se inclina sobre o berço, quando vai ouvir o suspiro do pequeno Francisco de Assis, que ainda não se chama Francisco, que é apenas um pouco de carne rósea e enrugada, um pequeno homem mais desprevenido do que um gatinho ou uma arvorezinha.
Ela é bonita em razão desse amor do qual ela se despoja para vestir a nudez da criança.
Ela é bonita em virtude desse cansaço que ela vence cada vez que vai ao quarto da criança.
Todas as mães têm essa beleza.
Todas têm essa justiça, essa verdade, essa santidade.
Todas têm essa graça que causa ciúme ao próprio Deus - o solitário em sua árvore da eternidade.
Sim, vocês não podem imaginá-lo de outro modo, a não ser revestido com essa roupa de amor.
A beleza das mães ultrapassa infinitamente a glória da natureza.
Uma beleza inimaginável, a única que vocês podem imaginar para essa mulher atenta aos movimentos da criança.
O Cristo nunca fala em beleza.
Ele apenas convive com ela, em seu verdadeiro nome: AMOR.
A beleza vem do amor como o dia vem do Sol, como o Sol vem de Deus, como Deus vem de uma mulher esgotada por seu parto.
Os pais vão à guerra, vão aos escritórios, assinam contratos.
Os pais têm a sociedade como encargo.
É seu negócio, seu grande negócio.
Um pai é qualquer um que representa apenas ele mesmo diante de sua criança, e que crê naquilo que representa: a lei, a razão, a experiência.
A sociedade.
Uma mãe nada representa diante de seu filho.
Ela não está diante dele, mas em volta, dentro dele, em todo o lugar.
Ela segura a criança levantada na extremidade de seus braços e apresenta-a à vida eterna.
As mães têm Deus por encargo.
É sua paixão, sua única ocupação, sua perda e sua consagração, por assim dizer.
Ser pai é desempenhar o papel de pai.
Ser mãe é um mistério absoluto, um mistério que não se compõe com nada, um absoluto relativo a nada, uma tarefa inpossível e, portanto, preenchida - mesmo pelas más mães.
Mesmo as más mães estão nessa proximidade do absoluto, nessa familiaridade com Deus que os pais nunca conhecerão, extraviados como estão pelo desejo de bem preencher seu lugar, de bem manter sua condição.
As mães não têm condição, não tem lugar.
Elas nascem ao mesmo tempo que suas crianças.
Elas não têm, como os pais uma vantagem sobre o filho - a vantagem de um experiência, de uma comédia representada muitas vezes na sociedade.
As mães crescem na vida ao mesmo tempo que seus filhos, e, como a criança é, desde seu nascimento, semelhante a Deus, as mães estão de repente no santo dos santos, plenas de tudo, ignorantes de tudo e que as preenche.
E, se toda beleza pura procede do amor, de onde vem o amor, de qual matéria é feita sua matéria, de qual natureza é sua natureza?
A beleza vem do amor.
O amor vem da atenção.
A atenção simples para os simples, atenção humilde para os humildes, atenção viva para todas as vidas.
Os homens sustentam o mundo.
As mães sustentam o eterno, que sutenta o mundo.
Christian Bobin
Retrato de Mãe
Dom Ramon Angel Iara
Fonte: Boletim Samauna
"Uma simples mulher existe que,
pela imensidão de seu amor,
tem um pouco de Deus;
e pela constância de sua dedicação,
tem muito de anjo;
que, sendo moça, pensa como uma anciã e,
sendo velha, age com as forças todas da juventude,
quando ignorante,
melhor que qualquer sábio desvenda os segredos da vida, e, quando sábia, assume a simplicidade das crianças; pobre, sabe se enriquecer com a felicidade dos que ama,
e, rica, empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos;
forte, entretanto estremece ao choro de uma criancinha,
e, fraca, entretanto se alteia com a bravura dos leões;
viva, não lhe sabemos dar valor porque à sua sombra todas as dores se apagam,
e, morta, tudo o que somos
e tudo o temos daríamos para vê-la de novo,
e dela receber um aperto de seus braços,
uma palavra de seus lábios.
Não exijam de mim que diga o nome dessa mulher,
se não quiserem que ensope de lágrimas este álbum:
porque eu a vi passar no meu caminho.
Quando crescerem seus filhos,
leiam pra eles esta página:
eles lhe cobrirão de beijos a fronte,
e dirão que um pobre viandante,
em troca da suntuosa hospedagem recebida,
aqui deixou para todos
o retrato de sua própria MÃE..."
Curiosidades sobre o Dia das Mães
Celebrado em cerca de 46 países, em datas diferentes, o Dia das Mães é uma festa com raízes muito antigas. Os primeiros registros de comemorações, em homenagem às mães, datam da Antiga Grécia. Na Inglaterra do século XVII era um dia de descanso e comunhão, em família e nos Estados Unidos, originalmente, era uma festa dedicada à paz. No Brasil, a festa ganha força por causa do interesse de grandes lojas em aumentar as vendas de seus produtos.
No século XVII, começou a ser comemorado na Inglaterra o Mothering Sunday (Domingo das Mães), no quarto domingo da Quaresma. Nessa data, os criados, que viviam na casa dos patrões, e os trabalhadores de fábricas eram dispensados, para passar o dia com suas mães e levavam consigo o mothering cake - um bolo de presente para elas.
Nos Estados Unidos o Dia das Mães foi sugerido pela primeira vez em 1872, por Julia Ward Howe, em Boston. Seria, na concepção dela, um dia dedicado à paz. A idéia não pegou, mas em 1907, a jovem professora Ana Jarvis e seus amigos começaram a organizar nova campanha, desta vez em West Virginia.
Escreveram para políticos e ministros norte-americanos solicitando a instituição de um dia nacional de homenagem às mães. No mesmo ano, Jarvis convenceu a Igreja Episcopal, à qual pertencia, a celebrar o Dia das Mães durante a missa do segundo aniversário da morte de sua mãe (no segundo
domingo de maio).
A campanha de Jarvis e seus amigos foi bem-sucedida e em 1910 ocorreu a primeira celebração oficial do Dia das Mães, instituída pelo governador do Estado de West Virgínia. Em 1911, quase todos os Estados norte-americanos já comemoravam a data. Três anos depois, em 1914, o presidente Woodrow Wilson decretou o segundo domingo de maio feriado nacional e instituiu Dia das Mães no país.
No Brasil, a comemoração do Dia das Mães foi introduzida pela Associação Cristã de Moços - (ACM), que prestou homenagem às mães, em Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, Getúlio Vargas decretou o segundo domingo de maio data nacional durante seu governo provisório.
Dia das Mães no Mundo
Austrália, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Estados Unidos, Finlândia, Itália, Japão, e Turquia - 2º domingo de maio.
Argentina - 2º domingo de outubro.
Espanha e Portugal - 8 de dezembro.
Líbano - 2º dia da primavera.
México - 10 de maio.
Noruega - 2º domingo de fevereiro.
Suécia - Último domingo de maio.
Fonte: Boletim Samauna
quarta-feira, 7 de maio de 2008
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Pensamentos de Ghandi
'Eu vivo humildemente buscando a Verdade. A Verdade é portanto, o meu único fim'.
'Posso ser uma pessoa desprezível, mas quando a Verdade fala em mim, sou invencível'.
'O silêncio é um grande auxílio para quem, como eu, está em busca da verdade'.
'Desde o momento em que sufoco a silenciosa voz interior, deixo de ser útil'.
'A verdadeira beleza, aquela que eu pretendo, está em fazer o bem em troca do mal'.
'Minha ambição é tão alta que por ela vale a pena viver e vale a pena morrer'.
'Aquele que não é capaz de governar a si mesmo, não será capaz de governar os outros'.
'Não desejo morrer pela paralisação progressiva de minhas faculdades, como um homem vencido. A bala de meu assassino poderia por fim à minha vida.
'Quem venceu o medo da morte venceu todos os outros medos'.
'Eu não tenho mensagem. Minha mensagem é a minha própria vida'.
Com carinho,
terça-feira, 6 de maio de 2008
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Fita Métrica
As pessoas se agigantam e encolhem diante dos nossos olhos. Nosso julgamento é feito, não através de centímetros ou metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhe-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.Não é a altura nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho...
Willian Shakespeare
Yanni e o "Trabalho em Equipe"
TRIBUTO [YANNI]
de um re-despertar
ELIANE SALUSTIANO *
Faz muitos mas muitos anos que não escrevo do que já me orgulhei (e da qual me preenchi) chamando de poesia.
Assistir ao show/apresentação de Tribute do Yanni levou-me (mesmo sem o envolvimento de um moderno home theather) ressuscitar um encantamento e uma magia para com os sentimentos (muitos deles!) desde a delicadeza do ser humano até mesmo a fortaleza que sustenta esse mesmo homem.
Esse contraste sempre foi tema dos meus rabiscos e hoje, ao som do que revive a minha essência e regada a um bom néctar dos deuses (que tanto aprendi a apreciar!) e que, inclusive, tentou com insucesso me deixar muitas vezes perto desse estágio .... que agora, somente agora, resolveu sair das minhas entranhas para ser registrado como memória da incrível parte de mim e de todos nós que nos faz maravilhosos seres humanos.
Cada suspiro, fascínio ou regozijo de lágrima me faz sentir plena e dominada pela magia da felicidade e do contato com meu ser interno.
Se essas palavras nem vierem a ter sentido, repito que são frutos de um brainstorm incessantes e delirantes do renascer de um pedaço de mim presente sempre mas ausente de registro por muitos, realmente muitos anos.
Hoje, quase aos 31 anos me recordo de rabiscar emoções aos 17. São quase 15 anos atrás, talvez o aguardo de um debutar de mim mesma.
Realmente este momento da minha vida parece ser especialmente único, recheado de descobertas e conquistas magníficas tanto externas quanto (e principalmente) internas.
Penso que se vier a encerrar o meu caminho hoje, nem cheguei a desfrutar 1/1000 do que a vida poderia me proporcionar mas consegui sim, e disto me orgulho (como me orgulho) de entender um bocado de mim, de meus anseios, de minhas restrições, da minha fortaleza, do meu sentimentalismo e da minha humanidade.
Depois de me sentir muitas vezes “menor/ péssima/ pior hoje”, incrivelmente, e de forma muito natural, hoje estes predicados nem passam mais pela minha cabeça.
Que interessantemente bom!
E interessantemente bom é também poder dividir momentos da minha vida com pessoas fascinantemente interessantes muitas vezes sem mesmo elas saberem que o são.
Lembrar de amigos distantes e queridos, cheios de significâncias internas para mim que nem mesmo eles, ou, até mesmo eu, temos plena noção.
Garranchos registram esse delírio consciente (ah! como adoro esses paradoxos!). Na verdade cheguei a conclusão de que paradoxos me fascinam. Delirar também. Saber que num mundo em que aprendi a conquistar racional e friamente encontro momentos e maneiras de expressar o meu eu pleno que está distante da maldade, da conveniência, do marketing pessoal.
Existe sim em mim (e acredito que em qualquer pessoa também) um marketing natural que quero transmitir aos meus conviventes pelo brilho do meu olhar e o sorriso único que o universo me presenteou.
Lembrei de sentimentos possíveis e incríveis de compartilhar como o arrepio a receber um beijo, o beijo na nuca ao som do magnetismo de uma música envolvente. O “fazer amor” transando que envolve almas com fascínio e igualmente com desejo.
Ah! Como é lindo e vasto o mundo que podemos escolher para viver e, de forma simples, o que talvez possa mais amedrontar é saber que desfrutar de tudo isso e muito mais (e tudo mais) que o infinito depende unicamente de nossas escolhas. Como no filme “Efeito Borboleta” escolher é definir o pedaço do mundo onde será possível você atuar e brilhar (ou até mesmo, infelizmente, se ofuscar).
Mas esse brilho, ah! como esse brilho fascina tanto a quem brilha como a quem assiste esta magnífica manifestação de êxtase humano.
Sabe ... poder discorrer sobre algumas graduações do ser humano é ótimo, digo, tanto ser (e saber quando se precisa ser) a criança que necessita de afago e carinho, quanto o adolescente inconseqüentemente desbravador ou mesmo adulto coerentemente entendedor.
Olha que gama de papéis e de momentos nos são permitidos!
E quando temos consciência e curtimos cada um deles, sabendo de nossa ânsia do momento, é única e delicadamente uma magnífica experiência.
Lindo também é saber que há pessoas no mundo que podem compartilhar dessa reflexão porque a vivem, viveram ou desejam viver e, mais ainda, têm e devem acrescer comentários a este momento de ressurreição do delírio poético.
NOTAS DE AUTORIA
Eliane é escritora advogada e contadora. Contato