sábado, 5 de dezembro de 2009

Uma questão de tempo...

Sim... as pessoas que amamos são insubstituíveis ao nosso coração. Aquele lugarzinho que elas ocupam fica marcado com a presença delas, com o cheiro, com a forma e até o som do riso. E quando elas partem forma-se o vácuo. Mas se a presença física se foi, ficam ainda as lembranças de tudo aquilo que foi construído juntos: os momentos vividos, as horas compartilhadas, muitas vezes as partidas e reencontros... A saudade é tão indizível quanto a dor que ela provoca. Mas ainda existe uma esperança: quem faz o bem aqui, nunca vai completamente: essa pessoa vive através dos ensinamentos que deixou, vive através das marcas que foi colocando em cada passo, cada acontecimento... E o que reconforta é a esperança de que esse ponto final colocado é apenas passageiro, pois o Senhor nos prometeu que um dia, no céu, nós nos reconheceríamos. Então... é apenas uma questão de tempo. Um dia a gente se reencontra fatalmente com aqueles que amamos e nos amaram acima de tudo nessa vida terrena. E enquanto estamos aqui, vamos deixando nossas marcas também, por que há os que precisam de nós e os que um dia irão querer viver com a esperança de nos reencontrar. Assim, um dia, numa promessa feita por Deus, haverá no céu uma grande festa. Tudo é uma questão de tempo... (Letícia Thompson)

sábado, 24 de outubro de 2009

Em algum lugar do passado

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Jovens amigos…1948

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Alunos do Colegio Estadual de Mogi Mirim em 1949

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

sábado, 22 de agosto de 2009

Prof. Nelson Cassiano - Homenagem Póstuma


A esse mestre da Psicologia de quem desfrutei da sua sabedoria. Saudades!

ORAÇÃO DO ENCONTRO

CREIO
que agora vale a verdade,
que vale a vida,
e a vida no ENCONTRO com outrem;
de mãos dadas
trabalharemos ambos pelo ENCONTRO verdadeiro.

CREIO
que todos os ENCONTROS,
inclusive os mais cinzentos,
têm o direito de converter-se em manhãs de domingo.

CREIO
que a partir deste instante
- eu e você -
diante da angústia eminente de
não-ser,
da ameaça da destruição,
seremos o que somos
e não algo que temos,
o nosso ser permanecerá
o dia inteiro
aberto a esperança, e
as campinas verdes do sentir,
oxigenarão nossos corações.

CREIO
que não precisamos mais
negar a culpa por existir;
e que confiarei em você
como o vento confia no ar que o compõe.
Confio no homem,
como o menino confia em outro menino!

CREIO
que a compreensão da pessoa no seu mundo
nascerá espontânea e livre
do jugo da mentira,
e nunca será preciso usar
couraça no disfarce,
porque viveremos num mesmo universo onde
semelhança e não igualdade
conduzirá nosso convívio.

CREIO
que as nossas forças,
sejam elas quais forem,
hão de encontrar no mundo da natureza humana,
na grandeza de sermos,
no ENCONTRO entre os homens
e na existência de ser em si mesmo,
o descortínio:
do que fomos,
do que somos e
do que por humanidade sempre quisermos ser!

CREIO
que o trágico da existência
tem sua razão e seu querer.
E ainda que tudo nos pareça perdido
alegria e dor, raízes desse cenário.
existirão, para não esquecermos
que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder doar-se,
sabendo que é o amor
que dá à vida o milagre de ser.

CREIO
que o alimento de cada dia
tenha no homem o sinal do esforço.
Mas, sobretudo tenha sempre
o quente sabor da ternura.

CREIO
que enquanto estivermos juntos,
minutos, horas ou dias,
valerão como processo de realização
a cada momento,
porque seremos aquilo que somos!
O que nasce agora é flor
que fará o perfume de amanha.
Assim, portanto, tudo será permitido,
inclusive descobrir o descoberto,
falar do falado,
sentir o sentido,
cantar o próprio canto,
fazer do ridículo agradável,
do falso verdadeiro
e de toda essa verdade, a mentira que disfarçamos.

CREIO

que somos os únicos seres do universo
que podem prometer,
e por isso prometo minha decisão
de estar com você,
ainda que não esteja comigo,
pois não estar é a sua presença.
E mesmo sem tudo compreender
fica clareira aberta, onde
a luz de estar um com o outro
faz nascer o desejo de
SER E PERMANECER.

E... CREIO SOBRETUDO
que no entrelaço de corações
na presença de almas que se aproximam,
nasce a descoberta do que sempre foi
:


EU!
VOCÊ!
Na beleza do que somos!

(inspirado nos "Estatutos do Homem" de Thiago de Mello)

sábado, 25 de julho de 2009

LIDERANÇA

Embora existam múltiplas definições para a liderança, é possível encontrar dois elementos comuns em todas elas: por um lado é um fenômeno de grupo e, por outro, envolve um conjunto de influências interpessoais e recíprocas, exercidas num determinado contexto através de um processo de comunicação humana com vista à obtenção de determinados objetivos específicos.
As funções de liderança incluem, portanto, todas as atividades de influenciar pessoas, ou seja, que geram a motivação necessária para pôr em prática o propósito definido pela estratégia e estruturado nas funções executivas, sem o teor maléfico de “domínio”.
George Terry sintetiza a idéia central do conceito de liderança em apenas: "A liderança é a atividade de influenciar pessoas fazendo-as empenhar-se voluntariamente em objetivos de grupo”
Um aspecto importante neste conceito é a palavra influência em lugar de imposição.
De fato, é possível impor determinadas ações a um subordinado quando se tem poder para tal. Contudo, é impossível impor a motivação com que cada um leva à prática essa mesma ação.
É esta motivação que a liderança procura melhorar. Para um líder não é suficiente atingir os objetivos da organização; é necessário que as ações desenvolvidas pelos subordinados sejam executadas por sua livre vontade.
Assim, e apesar da atuação do líder envolver múltiplas funções, tais como planejar, informar, avaliar, controlar e punir.
Contudo liderar é essencialmente motivar e orientar o grupo, as pessoas em direção a determinados objetivos ou metas.
Max De Pree faz outra abordagem da liderança, colocando a ênfase na liberdade dos subordinados e na importante característica de “servidor” que caracteriza a quem exerce o importantíssimo papel de condutor de pessoas.
Na verdade, este autor considera a liderança como a arte de “libertar as pessoas para fazerem o que se exige delas de maneira mais eficiente e humana possível”.
Max De Pree considera ainda que a primeira responsabilidade de um líder seja a definição da realidade e a última é agradecer; entre as duas deverá tornar-se um servidor da organização e dos seus membros - é o contraste entre os conceitos de propriedade e de dependência.
Desta forma, a medida de uma boa liderança encontra-se nos seus seguidores: quando estes atingem o seu potencial, alcançam os resultados pretendidos e estão motivados, é sinal de uma boa e sadia liderança.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A ILUSÃO DA MUDANÇA




A ilusão da mudança

As percepções são, num só tempo, fonte e limite do comportamento humano. O mundo percebido condiciona significativamente a maneira como as pessoas se comportam. A visão ou a fotografia que uma determinada pessoa faz da realidade influencia as suas decisões e ações.

Assim, caso se pretenda efetivar uma mudança genuína no comportamento individual ou no desempenho organizacional, há que se enfocar precipuamente as percepções que as pessoas têm da realidade para, só então, implementar a real mudança. De nada adianta tentar mudar comportamentos desfocados das percepções que condicionam esses mesmos comportamentos.

Na verdade, os comportamentos individuais ou os desempenhos organizacionais, as maneiras de agir ou de reagir de uma pessoa, as práticas administrativas adotadas numa empresa, as rotinas, os hábitos e os procedimentos são fundamentalmente condicionados pelas percepções que as pessoas que a integram compartilham em sua convivência cotidiana, dentro do ambiente organizacional.

Não se iluda com a mudança, que decorre, na maioria das vezes, do sucesso de curto prazo, geralmente obtido pelas organizações que alteram procedimentos ou estabelecem novas normas de conduta decididas, formuladas e implementadas de cima para baixo. Em geral, o resultado positivo de curto prazo traz consigo o germe da contra mudança, da contracultura, que logo vai desencadear em retrocesso que descaracterizará dentro de pouco tempo os pseudo-avanços conseguidos.

A maioria das pessoas percebe a mudança de forma tão ameaçadora que tem dificuldade em avaliar adequadamente o impacto que ela apresenta em sua vida pessoal e profissional. Tal dificuldade de percepção normalmente acarreta problemas para o ambiente organizacional. As pessoas superestimam ou subestimam o impacto e as repercussões das mudanças que vivenciam. Não conseguem ser objetivas na percepção da realidade. Preferem atrelar-se à ilusão da continuidade ou da permanência das situações já estabelecidas.

O sucesso é doce. As situações bem resolvidas no passado tendem a influenciar o nosso comportamento, mesmo diante de situações completamente distintas. Tendemos a repetir no presente o que deu certo no passado. Aliás, o futebol brasileiro é pródigo em exaltar a máxima de que "em time que está ganhando não se mexe". Não se percebe que, muito pelo contrário, são exatamente os que estão na frente que mais necessitam de crítica e de avaliação, com o objetivo de mudar o que não funciona tão bem, melhorar ainda mais o que já está bom, ou, até, passar a fazer de outra forma o que já é bem-feito, para garantir a continuidade dos resultados positivos. Quem não sabe manter a dianteira acaba inexoravelmente ultrapassado. A nata do leite que está em cima é a que primeiro azeda.

Não incorra na doce ilusão daqueles que se julgam capazes de proceder à mudança apenas porque dispõem de um bom plano ou porque incidem no equívoco de superestimar as repercussões de uma ação pontual. Por exemplo, um seminário de desenvolvimento gerencial ou uma nova sistemática de avaliação de desempenho acabam sendo, muitas vezes, experiências mal sucedidas pelo excesso de expectativas que se agrega em tomo delas.

A vida das organizações não pode ficar sujeita ao sabor das circunstâncias das soluções messiânicas do tipo "bala de prata", "tudo ou nada", "vai ou racha". A mudança organizacional não é uma ação episódica, salvacionista, mas a implementação sistemática de uma estratégia planejada de intervenção na cultura da organização.

O processo de mudança não é de ninguém, é de todos que dele têm de participar. Não tem dono, portanto, não pode ter heróis. Cuidado com os líderes-heróis: eles são tão mais perigosos quanto mais acreditam que sejam heróis. Para alcançar o futuro é necessária a energia emocional e intelectual de todos da organização. A mudança é um ato de solidariedade coletiva, e não o produto da vontade solitária de alguém. Se assim não for, será apenas uma simples ilusão.

domingo, 5 de julho de 2009

BODAS DE OURO


Vocês são meus queridos.
Um dia vocês nasceram.
Tiveram
sonhos.
Eu mesmo os criei.
Coloquei dentro de vocês essa vontade de se amarem.
Coloquei em seus corpos germes de vida.

O
amor se misturou com a fecundidade
e vocês geraram filhos e os filhos de vocês lhes deram netos.


E a vida passou.


Acompanhei passo a passo a história de vocês.
Estive presente no momento do sim.
Minha força esteve atuante no momento das dificuldades duras da vida.

Vi que vocês se associaram à cruz de meu Filho
em muitos momentos e vocês perceberam
que a cruz foi geradora da
paz e de energias novas.

Vi o exemplo que vocês deram ao mundo que os cercava.
Estive presente no meio de vocês quando golpes duros
pareciam fazer estremecer a casa de vocês.

Mas tudo estava fundado na rocha firme e a casa não caiu.
Hoje recebo o coração de vocês nesse instante das bodas de ouro.
Vocês são um sinal claro de mim mesmo no meio do mundo.
Vocês viveram o amor e minha casa é a casa do amor.

Autor desconhecido.

sábado, 2 de maio de 2009

Exemplo de Vida pessoal e profissional.

Para leitura clicar duas vezes sobre o texto
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quinta-feira, 9 de abril de 2009

Não nos detenhamos


Conselhos de Madre Teresa de Calcutá

Não podemos esquecer
que a pele enruga,
o cabelo embranquece,
os dias se convertem em anos...
mas o que é importante não muda.

A nossa convicção e força maior
não têm idade.

Atrás de cada linha de chegada
há uma de partida.

Atrás de cada conquista
há um novo desafio.

Enquanto estivermos vivos,
sintamo-nos vivos.

Se sentirmos saudades daquilo que fazíamos,
porque não voltar a fazê-lo?

Não se deve viver
de fotografias amareladas.

Quando todos esperarem pela
nossa desistência, continuemos.

Não vamos deixar que enferruje
o ferro que existe em nós.

Quando não conseguirmos
correr atrás dos anos, marchemos.

Quando não conseguirmos marchar,
caminhemos.

Quando não conseguirmos caminhar,
usemos de uma bengala.

Mas não nos detenhamos.
Nunca!

Fonte: PAULINAS


terça-feira, 31 de março de 2009

Tributo a um amigo que se vai...





Busco um amigo que me diga sempre a verdade;
Que não camufle os meus defeitos;
Que não despreze as minhas lágrimas!

Um amigo cuja presença traga alegria;
Cujo silêncio transmita paz; cuja escuta inspire confiança;
Cujo sorriso dê esperança; cuja lembrança
Infunda coragem.

Um amigo ao qual eu possa pedir desculpas uma,
Duas, três vezes; que não me seja nem mestre, nem
Discípulo, mas companheiro com o qual eu possa
Caminhar rumo ao Infinito em qualquer estação,
Em qualquer circunstância, em qualquer momento

Um amigo que conserve a sua intimidade sem esconder
O seu pranto; que ao amanhecer não me diga “bom dia”
Mas me abra o seu coração com um amável sorriso!


Um amigo que acredite na amizade e a viva como uma
Audaz conquista de liberdade; cuja amizade seja como
Óleo doce, suave e perfumado, extraído do fruto amargo
De uma árvore espinhosa.

Um amigo que não se preocupe em dar ou receber, mas
Que seja capaz de compartilhar, uma pessoa simples,sincera,
Natural; capaz de chorar, mas sobretudo de sorrir.
Um amigo que seja uma centelha da bondade de Deus..

sábado, 14 de março de 2009

Dia Nacional da Poesia

14 de março

Dia Nacional da Poesia

A palavra "poesia" tem origem grega e significa "criação". É definida como a arte de escrever em versos, com o poder de modificar a realidade, segundo a percepção do artista.

Antigamente, os poemas eram cantados, acompanhados pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isso, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico. Hoje, os poemas podem ser divididos em quatro gêneros: épico, didático, dramático e lírico.

As linhas de um poema são os versos. O conjunto desses versos chama-se "estrofe". Os versos podem rimar entre si e obedecer à determinada métrica, que é a contagem das sílabas poéticas de um verso. Os versos mais tradicionais são as redondilhas; a redondilha menor tem cinco sílabas, e a maior com sete; os versos decassílabos, dez; os alexandrinos, doze.

A rima é um recurso que confere musicalidade aos versos, baseando-se na semelhança sonora das palavras do final ou, às vezes, do interior dos versos. Rima, ritmo e métrica são características especiais de um poema e que podem variar, dependendo do movimento literário da época.

No Brasil, os primeiros poemas surgiram junto com o seu descobrimento, pois os jesuítas usavam versos para catequizar os índios.

Depois, surgiram outras formas de poesia, como o barroco (1601-1768), o arcadismo (1768-1836), o romantismo (1836-1870), o parnasianismo (1880-1893), o simbolismo (1893-1902), o pré- modernismo (1902-1922), o Modernismo (1922-1962), até a forma de hoje.

O Dia Nacional da Poesia é comemorado em homenagem ao nascimento de Castro Alves, em 14 de março de 1847. Poeta do romantismo, ele foi um dos maiores nomes da poesia brasileira. Suas obras que mais se destacaram foram: Os escravos (no qual há o seu famoso poema Navio Negreiro) e Espumas flutuantes, cujas características principais são a valorização do amor e a luta por liberdade e justiça. Há outros nomes importantes da poesia brasileira: Alberto de Oliveira, Gonçalves Dias, Raimundo Correia, Olavo Bilac, Casimiro de Abreu, Cecília Meireles, Jorge de Lima, Ferreira Gullar, Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade e muitos outros.

Fonte: Paulinas

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Morre lentamente...


Pablo Neruda

Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar,
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajetos.

Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor
Ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão
E seu redemoinho de emoções,
Justamente as que resgatam o brilho dos olhos
E os corações aos tropeços.

Morre lentamente quem não vira a mesa
Quando está infeliz com o seu trabalho ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto
Para ir atrás de um sonho.

Quem não se permite
Pelo menos uma vez na vida,
Fugir dos conselhos sensatos...

Viva hoje! Arrisque hoje! Faça hoje!
Não se deixe morrer lentamente!
Não se esqueça de ser feliz!" 

Um texto sem a letra A..a. Incrível

Autor: Desconhecido

Sem nenhum tropeço posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo isso permitindo mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter com impossível.

Pode-se dizer tudo, com sentido completo, mesmo sendo como se isto fosse mero ovo de Colombo.

Desde que se tente sem se pôr inibido pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento.

Trechos difíceis se resolvem com sinônimos.

 Observe-se bem: é certo que, em se querendo esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o 'E' ou sem o 'I' ou sem o 'O' e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo sem o 'P', 'R' ou 'F', o que quiser escolher, podemos, em corrente estilo, repetir um som sempre ou mesmo escrever sem verbos.

Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir. Porém mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos. Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês.

Por quê?

Cultivemos nosso polifônico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.

Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Que máquina!

Logo estará produzindo a celulose branqueada e o papel em várias gramaturas e ja embalado!...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Mauro A. Garcia

Mestre dos mestres em fotografia apresentado em "efeito difuso".
Homenagem a esse extraordinário profissional que durante décadas registrou os principais acontecimentos em Mogi Mirim.
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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

TUDO TEM SEU TEMPO..

Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de colher o que se plantou;
Há tempo de adoecer e tempo de curar;

tempo de derrubar e tempo de edificar;
Há tempo de chorar e tempo de rir;
tempo de prantear e tempo de dançar;
Há tempo de espalhar pedras e tempo de juntá-las;
tempo de abraçar e tempo de abster-se de abraçar;
Há tempo de buscar e tempo de perder;
tempo de guardar e tempo de jogar fora;
Há tempo de rasgar e tempo de coser;
tempo de estar calado e tempo de falar;
Há tempo de amar e tempo de odiar;
tempo de guerra e tempo de paz.

Eclesiastes 3:1-8


'O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.' 

Aproveite o seu tempo!!!!

 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Triste despedida...


 Autor desconhecido.


Triste despedida...
Como outros já fizeram, quero também me despedir do trema, cuja morte foi anunciada por decreto a partir de 1º de janeiro.
Não uma, mas cinqüenta e cinco vezes quero me despedir desta acentuação antiqüíssima e usada com tanta freqüência. Fomos argüídos a respeito?
Claro que não! A ambigüidade que tínhamos para decidir se queríamos usar o trema ou não numa frase nos foi seqüestrada para sempre. Afinal, a ubiqüidade do trema nunca nos foi exigida.
Quem deve se beneficiar com esta tão inconseqüente medida? Creio que tão somente os alcagüetes, os delinqüentes e os sangüinários, justamente aqueles que não estão eqüidistantes, como nós, dos valores eqüiláteros da Sociedade.
Vocês já se argüiram sobre as conseqüências do fim do trema para os pingüins, os sagüis e os eqüestres? Estes perderão uma identidade conquistada desde a antigüidade.
E o que dizer do nosso herói Anhangüera, que vivia tranqüilo com o seu nome indígena? Com a liqüidação do trema, a pronúncia do seu nome não será mais exeqüível.
Os nossos papos de chopp nunca mais serão os mesmos, pois a tão freqüente lingüicinha acebolada vai desagüar num sangüíneo esquecimento.
O que vai acontecer com o grão de bico com gergilim, agora sem o liqüidificador para prepará-lo?
Ah, meu Deus! Tenha piedade de nós! Nunca mais poderemos escrever que "a última enxagüada é a que fica"!
Não sei se vou agüentar a perda da eloqüência, em termos de estilo literário, que o trema trazia à Última Flor do Lácio.
É preciso que averigüemos se haverá seqüelas futuras! E para onde vai a grandiloqüência dos lingüistas?
Haja ungüento para suportar tamanha dor!
O que podemos esperar em seqüência? Será que não se poderia esperar mais um qüinqüênio para que fossem melhor avaliados os líqüidos benefícios desta mudança?
Portanto, pela qüinqüagésima vez, a minha voz exangüe se une à dos bilíngües e trilíngües como eu, cuja consangüinidade lingüística e contigüidade sintática se revolta ante tamanha iniqüidade.
Pedir que nos apazigüemos, para mim é inexeqüível, pois falta-nos tranqüilidade diante de tamanha delinqüência gramatical.
Portanto é com dor no coração que lhe dou este meu adeus desmilingüido.

Adeus, meu trema querido! Mas pelo menos uma coisa me apazigüa, pois quando a saudade bater, sei que vou poder revê-lo quando estiver lendo alguma coisa em alemão.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Pesquisando & Caminhando e e


8 De Janeiro.A

From: Quoist,
3 minutes ago


8 De Janeiro.A
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Dia da Fotografia e Dia do Fotografo



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sábado, 3 de janeiro de 2009

MEIO SÉCULO DE FELIZ_CIDADE - Sylvestre M. Egreja


>Homenagem póstuma ao querido amigo Sylvestre Mario Egreja




O dia 1º de dezembro de 1958 amanheceu quente e ensolarado em Mogi Mirim. Já se sentia nas ruas, nas casas, nas praças o clima natalino que congrega as pessoas e as fazem mais solidárias e amigas. Naquele distante dia, cheguei eu a esta sacrossanta terra, sem saber que aqui passaria e viveria anos inesquecíveis de minha vida.
A idéia primeira que aqui me trouxe era permanecer durante um ano na cidade, enquanto se processavam as instalações da então Champion Celulose em Mogi Guaçu.
Engenheiro recém formado e funcionário da empreiteira responsável por aquela obra optei por residir em Mogi Mirim, deixando Mogi Guaçu como segunda opção, pois me pareceu, numa rápida passagem pelas ruas das duas cidades, ser Mogi Mirim mais simpática, sem saber que ela já ostentava com todo o direito o título de Cidade Simpatia.
O ano de 1959 passou rapidamente. Nesse período algumas pessoas, de saudosa memória, se tornaram meus primeiros amigos.
Dos que já partiram citaria Sergio Zorzetto, Irineu “Barbeiro”, Zeca Salvato, Heney Padovani, Oscar Faria, Dr. Florentino, Mauro Moretti, Santinho Coppo, Laio “Alfaiate”, Arthur de Azevedo, Carlos Taraschi, Toninho Jannuzzi e outros.
Conheci também, na ocasião alguns amigos que ainda hoje, felizmente os vejo com regularidade e os cumprimento com afeto: Nino Maracanã, João Scudeler, José Cruz, José Fernandes, Charlô Zaniboni e outros mais.
Terminado os trabalhos de montagem da grande empresa de celulose fui pelos diretores americanos convidado a permanecer na companhia. Aceitei de imediato fazendo apenas uma exigência: fixaria residência em Mogi Mirim. E assim foi feito.
Trabalhando em Mogi Guaçu não tinha o tão necessário contato com a população de Mogi Mirim. A grande oportunidade surgiu quando de um campeonato noturno de futebol de campo no Grêmio Mogimiriano. Atuei na equipe ARSENAL que foi campeão invicto do torneio com extrema facilidade, já que possuía um grupo de alta qualidade do esporte-rei: Amilcar Malvezzi, Odair Garcia, Boca e Palandi, Waldir e Wladirmir Brunialti, Sylvestre, Pedro Dal Rio, Aram e Tupãzinho. Um timaço.
Os dias, os meses, os anos voavam. E foram chegando os filhos mogimirianos
E minha admiração por Mogi Mirim só ia aumentando, enraizando e florescendo como uma árvore frondosa, o que tornou irreversível minha permanência por aqui.
Dos 76 anos por mim já vividos, com as graças de Deus, 26 foram em onze cidades diferentes. Só aqui vivi o dobro dos anos vividos nas outras. Evidente que houve razões de sobra para isso, mesmo após minha aposentadoria na Champion, após 28 anos de trabalho não competente é verdade, mas honesto e dedicado. Talvez, pela honestidade e dedicação tenha sido homenageado na minha despedida com o título de Gerente Símbolo da Companhia, eternamente registrado nas páginas do livro “Champion – A colheita dos melhores frutos”, que descreve os 40 primeiros anos da Champion no Brasil.
Terminada minha vida de papeleiro, dediquei-me a algumas atividades sociais e filantrópicas, que não pude exercer anteriormente. Com satisfação fui por dez anos presidente da Vila Vicentina e, por igual período membro do Conselho Municipal de Assistência Social. Participei também do Conselho de Segurança e exerci a presidência dos Moradores da Chácara Ypê, desde sua fundação até ao encerramento das suas atividades.
Infelizmente problemas de saúde me obrigaram a me afastar de todas elas. Reconheço e me penitencio por ter feito tão pouco por Mogi Mirim. Afinal ela fez tanto por mim! (grifo é meu-SHB).
Mas aí estão meus filhos e netos, para fazer o que não me foi possível realizar.
Guardo comigo outra tremenda frustração – nesses 50 anos fiz poucos amigos na cidade, pois sempre fui de temperamento caseiro, jamais me envolvendo em temas polêmicos ou políticos. Numa hipotética aventura eleitoral em busca de uma cadeira na vereança local não conseguiria nem cem votos.
Mas, por outro lado tenho um imenso orgulho de dizer que durante estas cinco décadas não fiz aqui um só inimigo, pois sempre procurei agir com honra e dignidade. E peço a Deus que assim continue até o último dia de minha vida, e que esta inexorável passagem ocorra nesta terra que tão bem me acolheu, pois me considero desde há muito, um mogimiriano de coração (o grifo é meu-SHB).
Aqui não nasci, mas aqui fui feliz e aqui pretendo descansar eternamente.
E quando esse dia chegar e quando tudo que é já não for mais, conduz-me ao porto, Senhor!